Teixeira nega envolvimento em corrupção: ‘não há lógica’

Teixeira nega envolvimento nos esquemas de corrupção

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Teixeira nega envolvimento nos esquemas de corrupção

Presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entre 1989 e 2012 e integrante do comitê executivo da Fifa e da Conmebol, Ricardo Teixeira continua negando qualquer envolvimento nos esquemas de corrupção e suborno no tempo em que esteve à frente da entidade. Na visão do ex-mandatário, que deixou o cargo por conta de problemas de saúde, não há nada de anormal nos contratos que foram assinados sob jurisdição.

Um dos alvos de investigação do Departamento de Justiça americano é o contrato entre a empresa de material esportivo Nike e a CBF, assinado em 1996, que previa um aporte de US$ 160 milhões (cerca de R$ 547 mi) à entidade, além de outros US$ 40 milhões (cerca de R$ 136 mi) destinados a “despesas de marketing” que fugiam ao contrato original.

Em entrevista à Folha de S.Paulo na última semana, Teixeira não fugiu à responsabilidade pelo contrato com a Nike, mas negou qualquer irregularidade. “Se envolve o contrato da Nike, quem assinou o contrato fui eu. Então não adianta ficar tapando o sol com a peneira. Não há a mínima lógica (o envolvimento dele em esquemas de corrupção). Todo esse processo aconteceu depois de junho, tanto que a Copa América da Argentina, em 2011, se realizou maravilhosamente bem”, declarou.

Sem opinar sobre a investigação que o FBI empreende na Fifa, e nem sobre a figura de Joseph Blatter – que abriu mão de exercer o quinto mandato à frente da entidade -, o ex-chefe da CBF prefere ficar fora do foco. “Eu estou fora da Fifa. Tem três anos que não mexo com futebol”, afirmou Teixeira, que durante a entrevista se intitula “o ganhador da Seleção”, já que durante o mandato o Brasil levantou as Copas de 1994 e 2002, além de ter conseguido o direito de sediar o Mundial de 2014.

Após passar por problemas nos rins e ser submetido a um transplante para recuperar o pleno funcionamento do órgão, Ricardo Teixeira abriu mão da CBF e foi sucedido por José Maria Marin, que atualmente segue preso na Suíça com a extradição aos EUA indefinida, mas não se arrepende. “Eu ia morrer. Como poderia estar lá sem meus dois rins funcionando? Você não tem a mínima condição de trabalhar. Você é obrigado, na melhor das hipóteses, a deitar em uma cama e ficar parado por cinco horas refazendo todo o sangue”, falou Teixeira, que recentemente voltou ao foco das atenções por vender um apartamento estimado em R$ 5,7 milhões pela prefeitura por R$ 2,5 milhões.

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