Senadores e deputados mantêm maioria dos vetos de Dilma Rousseff
Presidente faz últimos acertos para anunciar a reforma administrativa
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Presidente faz últimos acertos para anunciar a reforma administrativa
A presidente Dilma Rousseff ainda faz os últimos acertos políticos para anunciar a reforma administrativa. Ela negocia mais ministérios para o PMDB. Nesta terça-feira (22), o partido ajudou a manter os vetos presidenciais.
O governo conseguiu manter 26 dos 32 vetos. Alguns importantes, como a isenção de Pis/Cofins para o óleo diesel, mas outros polêmicos vão ficar para depois, como o do reajuste dos servidores do Judiciário. A data da nova reunião do Congresso para dar continuidade a votação não está marcada. Há quem defenda que a próxima sessão já aconteça na semana que vem.
Enquanto o governo comemora dizendo que ao manter parte dos vetos evitou um gasto na casa dos R$ 80 bilhões, a oposição fala em balcão de negócios, troca de votos por ministérios, por causa da negociação com o PMDB em torno da reforma administrativa.
O governo respirou aliviado. “O que nós fizemos ontem foi desmontar grande parte da pauta-bomba que tinha sido aprovada no primeiro semestre 2015”, fala o senador José Pimentel, PT-CE, líder do governo no Congresso.
A oposição diz que a vitoria foi parcial. “Acho que o governo agiu manobrando a presença da sua base parlamentar no plenário para garantir manutenção dos vetos, mas isso não significa a recomposição da base parlamentar do governo no Congresso Nacional”, diz deputado. Mendonça Filho, DEM-PE, líder do DEM na Câmara.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, comentou o resultado da votação. “Acho que o Brasil deu mostra de maturidade, aquela votação de ontem, que deve ser concluída. Porque cada vez que se cria um novo gasto, um gasto permanente, da natureza que seja, cedo ou tarde haverá uma repercussão nos impostos”.
Com dólar disparado, o governo arriscou a votação para tentar acalmar o mercado. Ministros e até a presidente Dilma Rousseff ligaram para os parlamentares pedindo votos.
A oposição ajudou. Deu votos para manter os vetos presidenciais, mas o papel de outro partido foi fundamental para isso. O PMDB na Câmara fechou questão a favor do governo. O partido negocia ministérios com o Palácio do Planalto.
Logo cedo, a presidente chamou no Palácio da Alvorada, o líder do PMDB na Câmara, Leonardo Picciani. Ele foi levar os nomes de deputados indicados pelo partido para que a presidente escolha quais deles vão virar ministros.
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