Em meio à crise, governo cogita legalizar os jogos de azar e até cassinos

A proposta foi levantada na reunião da presidente Dilma com senadores na terça-feira passada

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A proposta foi levantada na reunião da presidente Dilma com senadores na terça-feira passada

Quatro dias depois de apresentar um pacote de ajuste fiscal para cobrir o deficit orçamentário de R$ 30,5 bilhões, o governo segue dando sinais explícitos que não sabe exatamente como sair da crise na qual se enfiou. Durante reunião com líderes aliados na Câmara, o chefe da Casa Civil, ministro Aloizio Mercadante, sondou os parlamentares sobre a ideia de legalizar os jogos de azar no país, como bingos e cassinos, para aumentar a arrecadação. Além disso, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva desembarcou em Brasília para, com a presidente Dilma Rousseff e ministros petistas, traçar um plano de trabalho daqui para frente.

A sondagem feita por Mercadante veio após ouvir dos líderes aliados que não existe chance de a CPMF ser aprovada no Congresso. “Ainda estamos muito distantes dos 308 votos necessários para aprovação da emenda constitucional”, reconheceu o líder do PSD na Casa, deputado Rogério Rosso (DF).

A ideia de ressuscitar o debate em torno da legalização dos jogos não veio exatamente do governo. A proposta foi levantada na reunião da presidente Dilma com senadores na terça-feira passada e foi apresentada pelo deputado Benedito Lira (PP-AL). Polêmico, o assunto já provocou diversas crises ao longo destes 13 anos de governo do PT. Em 2004, o assessor especial para assuntos parlamentares da Casa Civil, Waldomiro Diniz, foi exonerado do cargo após o vazamento de um vídeo no qual ele tentava extorquir o bicheiro Carlinhos Cachoeira, à época em que era presidente da Loterj — Loterias do Estado do Rio de Janeiro.

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