Medida foi um dos acordos firmados entre os reeducandos e o juiz Luiz Rocha para encerrar a rebelião

As transferências de vários detentos do Complexo Prisional do Curado começaram a ocorrer ainda na noite dessa terça-feira (22). A medida foi um dos acordos firmados entre os reeducandos e o juiz Luiz Rocha para encerrar a rebelião que durou três dias, deixando um saldo de três mortos e dezenas de feridos.

Os primeiros a serem conduzidos para unidades prisionais do Estado foram os 13 detentos do Presídio Frei Damião Bozzano. Ainda nesta quinta-feira (22), quatro internos do Presídio Marcelo Francisco de Araújo (Pamfa) e outros dez do Presídio Juiz Antônio Luiz Lins de Barros (PJALLB) devem começar ser encaminhados para outras penitenciárias, como a Barreto Campelo, Palmares e Agrícola de Itamaracá.

Além das transferências, o juiz também garantiu que será feita outra carga de apreciação de processos, como livramento condicional e progressão de pena. Luiz Rocha ainda adiantou que um presidiário do Frei Damião Bozzano será solto em liberdade condicional.

Entenda o caso – O tumulto no Complexo Prisional do Curado começou por volta das 9h da segunda-feira (19). Os detentos realizaram um protesto de forma pacífica para reivindicar mais agilidade no julgamento dos processos judiciais e pedir a presença do promotor Marcellus Ugiette. 

No período da tarde, a situação no presídio começou a ficar tensa. O Batalhão de Choque foi acionado pela segunda vez e precisou agir. Um sargento da Polícia Militar, identificado como Carlos Silveira do Carmo, e um detento morreram. Outros presidiários ficaram feridos.

A situação que parecia controlada se estendeu pela terça-feira (20). O Choque voltou a entrar no presídio. Um detento morreu decapitado e 16 ficaram feridos. 

Na quarta (21), foram registrados mais momentos de tensão, que terminou com a chegada do juiz Luiz Rocha. O magistrado negociou com os reeducandos, chegando ao fim da rebelião.