Em 2 dias, País tem 6 suspeitas de morte por febre amarela

Em MS, há um caso da doença em investigação

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Em MS, há um caso da doença em investigação

Boletim do Ministério da Saúde, divulgado nesta segunda-feira (30), mostra um aumento de 6 mortes em dois dias, com suspeita de serem motivadas pela febre amarela. No dia 18, 107 mortes eram investigadas. Em dois dias, novos 13 casos também surgiram. Desse total, 430 são ainda são investigados. Dos 113 óbitos notificados, 46 foram confirmados, 64 ainda são investigados e 3 foram descartados. Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia e São Paulo continuam com casos investigados, de acordo com o Ministério da Saúde.

O Ministério havia divulgado que o caso do caminhoneiro catarinense, 39, – com suspeita de febre amarela e que esteve no Estado entre 25 de dezembro e 2 de janeiro – era ligado a Mato Grosso do Sul. Nesta segunda, no entanto, declarou que o caso “está sendo reavaliado”. Não vacinado e caminhoneiro, o paciente de Santa Catarina que esteve internado em Blumenau e está com suspeita de febre amarela, passou por diversas cidades de Mato Grosso do Sul enquanto esteve no Estado. Após a viagem ele também passou por São Paulo.

A diretora de Vigilância Epidemiológica de Blumenau, cidade onde mora o caminhoneiro, Ivonete dos Santos, explica que ele chegou em Santa Catarina “já delibitado”.

Vacina

No total, 7,5 milhões de doses extras da vacina foram enviadas para cinco estados: Minas Gerais (3,5 milhões), Espírito Santo (1,7 milhão), Bahia (900 mil), Rio de Janeiro (700 mil) e São Paulo (700 mil). O quantitativo é um adicional às doses de rotina do Calendário Nacional de Vacinação, enviadas mensalmente aos estados, que totalizaram 650 mil no mês de janeiro.

Coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da saúde, Carla Domingues explica que a vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença e apresenta eficácia de aproximadamente 95%, além de ser reconhecidamente eficaz e segura.  “Entretanto, assim como qualquer vacina ou medicamento, pode causar eventos adversos como febre, dor local, dor de cabeça, dor no corpo, entre outros. Portanto, mesmo em um momento de intensificar as ações de vigilância da febre amarela, é necessário orientar a população quanto à necessidade de se vacinar”, explica.

Esquema de vacinação – A coordenadora orienta que duas doses, tanto para adultos quanto para crianças, são necessárias. As crianças devem receber as vacinas aos nove meses e aos quatro anos de idade. Assim, a proteção está garantida para o resto da vida. Para quem não tomou as doses na infância, a orientação é de uma dose da vacina e outra de reforço, dez anos depois da primeira. As recomendações são apenas para as pessoas que vivem ou viajam para as áreas de recomendação da vacina, Mato Grosso do Sul integra a lista de áreas.

Contraindicação – “A vacina é contraindicada para crianças menores de seis meses, idosos acima dos 60 anos, gestantes, mulheres que amamentam crianças de até seis meses, pacientes em tratamento de câncer e pessoas imunodeprimidas. Em situações de emergência epidemiológica, vigência de surtos, epidemias ou viagem para área de risco, o médico deverá avaliar o benefício e o risco da vacinação para estes grupos, levando em conta o risco de eventos adversos”, explica Carla.

Crianças – De acordo com a coordenadora, a vacina para febre amarela não deve ser aplicada ao mesmo tempo que a vacina tríplice viral (que protege contra sarampo, rubéola e caxumba) ou tetra viral (que protege contra sarampo, rubéola, caxumba e varicela). “Se a criança tiver alguma dose do Calendário Nacional de Vacinação em atraso, ela pode tomar junto com a febre amarela, com exceção da tríplice viral ou tetra viral. A criança que não recebeu a vacina para febre amarela nem a tríplice viral ou tetra viral e for atualizar a situação vacinal, a orientação é receber a dose de febre amarela e agendar a proteção com a tríplice viral ou tetra viral para 30 dias depois”, explica.

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