Hospital Regional abrirá sindicância para investigar morte de bebê

Toda a conduta de atendimento será investigada para levantar possíveis irregularidades

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Toda a conduta de atendimento será investigada para levantar possíveis irregularidades

Será aberto nos próximos dias um processo administrativo no Hospital Regional, para averiguar a qualidade no atendimento ao bebê de nove meses, que faleceu no domingo (14), após internação. A administração do hospital, depois de abrir a sindicância, investigará o caso com uma equipe multidisciplinar que terá 30 dias para apresentar um parecer sobre a possibilidade de negligência ou irregularidade, prorrogável se for preciso por mais 30 dias. 

O hospital reitera que haverá prioridade e urgência no levantamento de informações sobre o falecimento do bebê, que era hemofílico e deu entrada para atendimento no sábado (14), tendo ficado internado por 12 horas, medicado com o fármaco “Fator 8”. Os pais da criança, Luiz Irio Ferreira, de 36 anos, e Roseli Barbosa, de 30 anos, chegaram a procurar uma delegacia de Campo Grande para registrar uma acusação de homicídio doloso ao bebê, que teria sido ocasionado por erro médico. 

Conta a versão da família que os enfermeiros tiveram dificuldade para aplicar a medicação na veia do bebê, tendo errado o procedimento por oito vezes. Apenas na mão a equipe de atendimento do hospital conseguiu efetuar a injeção do “Fator 8” com sucesso. A suposta falha teria, conforme os pais, ocasionado hematomas no corpo da criança, a maioria no pescoço.

O Hospital Regional só deverá ter um posicionamento oficial a respeito do caso após o final da sindicância, porém de antemão avisou que todo o cuidado médico foi dispensado ao bebê, acometido por quadro grave de Hemofilia, doença que é comum ocasionar hematomas no corpo de pacientes com essa situação, devido a dificuldade de coagulação do sangue.

A Associação de Vítimas de Erros Médicos de Mato Grosso do Sul (AVEM-MS), assessora Luis e Roseli desde a segunda-feira (16), tendo inclusive acompanhado os dois à delegacia, com o presidente da entidade, Waldemar Morais de Souza. 

 

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