Brasileiros já movimentaram R$ 17 bilhões em Bitcoin em 2023, revela relatório do Livecoins

O ano de 2023 vem se revelando notável para os investidores brasileiros em criptomoedas, com um volume total negociado que supera a marca de R$ 17 bilhões em Bitcoin (BTC) até o final de setembro. O montante negociado até agora, embora expressivo, é drasticamente inferior ao total negociado no ano de 2022, que atingiu a […]

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O ano de 2023 vem se revelando notável para os investidores brasileiros em criptomoedas, com um volume total negociado que supera a marca de R$ 17 bilhões em Bitcoin (BTC) até o final de setembro.

O montante negociado até agora, embora expressivo, é drasticamente inferior ao total negociado no ano de 2022, que atingiu a marca de R$ 42 bilhões.

Segundo dados do Livecoins, um dos maiores sites de notícias sobre criptomoedas do Brasil, que reúne informações de 27 corretoras que operam no país, apesar do volume de negociações de Bitcointer apresentado uma alta no primeiro trimestre de 2023, onde a métrica mensal chegou a R$ 3,2 bilhões em março, os números vêm caindo desde então.

Os dados apontam para uma movimentação de cifras acima de R$ 2 bilhões nos primeiros 4 meses do ano, mas uma tendência de queda nos meses seguintes.

Volume Bitcoin no Brasil 2023 (Imagem: Livecoins)

● Janeiro: R$2.212.666.700,35

● Fevereiro: R$2.386.338.220,84

● Março: R$3.256.491.491,61

● Abril: R$2.056.692.138,84

● Maio: R$1.868.884.926,93

● Junho: R$1.735.613.339,56

● Julho: R$1.520.897.074,04

● Agosto: R$1.048.672.000,44

● Setembro: R$999.557.057,20

Segundo Mateus Nunes, fundador do Livecoins, a queda de R$ 42 bilhões para aproximadamente R$ 17 bilhões negociados até setembro deste ano, lança uma série de interrogações nos investidores.

Segundo ele, uma possível explicação pode estar ligada à volatilidade natural do Bitcoin e das demais criptomoedas, que pode ter instigado uma abordagem mais cautelosa por parte dos investidores brasileiros.

Binance lidera o mercado brasileiro de critomoedas

Em relação às corretoras, a Binance segue dominante desde que desembarcou no Brasil, com mais de 50% de participação de mercado.

Enquanto algumas seguem lutando contra a gigante internacional, outras já até mesmo encerraram suas atividades, citando justamente a entrada de novos players e a falta de regulamentação.

Uma corretora que encerrou suas atividades até mesmo citou que o Brasil “não é para amadores”, demonstrando a dificuldade de empreender no país.

Voltando a Binance, a corretora foi responsável por 54,4% de todo volume de bitcoin de janeiro a setembro, representando R$ 7.8 bilhões. Tais números refletem sua dominância em outros períodos. Indo além, seu uso por brasileiros pode ser ainda maior quando somadas outras criptomoedas.

Número de brasileiros declarando criptomoedas bate recorde, revela Receita Federal

Segundo dados da Receita Federal do Brasil, mais de 4,1 milhões de pessoas físicas (CPFs) declararam investimentos em criptomoedas. O número também é um recorde para as pessoas jurídicas (CNPJs), ultrapassando as 92.100 declarações.

Sendo assim, o número de CPFs é cerca de 2,6 vezes maior que de setembro de 2022, quando a métrica chegou a 1,58 milhão e foi a maior do ano. Em relação ao relatório anterior, ligado a junho, o Brasil teve um aumento de 900 mil CPFs declarantes.

Dados de 2020 apontam que existem 223,8 milhões de CPFs no Brasil. Portanto, cerca de 1,85% dos brasileiros são investidores de criptomoedas que declaram seus investimentos em tais ativos.

Ainda de acordo com a Receita, 84,5% das operações com criptomoedas foram feitas por homens e apenas 15,5% por mulheres. Em termos de valores negociados, os homens também dominam, ficando com 83,7% do mercado.

Por fim, os números mostram que os brasileiros estão mais interessados nas criptomoedas do que durante o pico de 2021, quando o Bitcoin chegou aos US$ 69.000. O motivo pode estar ligado a alta de 100% que o Bitcoin teve entre novembro de 2022 e abril deste ano, recuperando-se de uma de suas maiores quedas.

Este post é de autoria de Prestadora de Serviços Web e não faz parte do conteúdo jornalístico do Midiamax.

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