Condenado a 19 anos pelo assassinato de florista só confessou crime no julgamento

Ele não confirmou os fatos à polícia na época

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(Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

Só depois de dois anos do feminicídio de Regiane Fernandes Farias, de 39 anos, o ex-namorado Suetônio Pereira Ferreira, 59 anos, confessou o crime. Condenado nesta quarta-feira (23) a 19 anos de prisão, ele confirmou pela primeira vez que assassinou a florista, no plenário.

Conforme informado na sentença pelo juiz Aluizio Pereira dos Santos, da 2ª Vara do Tribunal do Júri, que presidiu a sessão, “O acusado não confessou na fase policial e nem quando ouvido em Juízo, somente o fazendo neste plenário”. Caso tivesse confessado anteriormente o crime, Suetônio poderia ter a pena reduzida.

O Conselho de Sentença decidiu, por maioria, condenar Suetônio pelo feminicídio qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O réu cumprirá 19 anos de prisão, com regime inicial fechado.

Família não sabia do namoro

Regiane foi assassinada na frente da floricultura em que trabalhava, no Carandá Bosque. Familiares que acompanharam o júri disseram ao Midiamax que não sabiam do relacionamento da vítima com Suetônio. Em depoimento no plenário, o réu disse que tinha comprado a arma dias antes do crime.

Ele afirmou ainda que pensou em cometer suicídio e que estava com depressão. O réu ainda alegou que tinha marcado casamento com a vítima para abril de 2020, no entanto a informação é de que o casal já não estava mais junto no dia do crime, sendo que ele teria cometido o feminicídio por não aceitar o fim do namoro.

O crime aconteceu por volta das 8 horas da manhã do dia 18 de janeiro de 2020, quando a florista chegava ao trabalho e o ex-namorado já estava a sua espera e armado. Um colega da vítima contou que, quando Regiane chegou, o ex-namorado desceu do carro armado.

Ele teria colocado todos os funcionários do local dentro de uma van, quando Regiane saiu para conversar e foi atingida pelos disparos, que conforme o laudo necroscópico constatou entre 5 a 7 tiros. Regiane foi ferida perto do pescoço e, em seguida, Suetônio deu um tiro no próprio ouvido.

Na época ele ainda chegou a ficar internado no hospital. A arma usada no foi um revólver calibre 44, apreendido pela polícia.

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