Aquidauanenses que estudam na Capital podem ficar sem transporte em 2015

Universitários de Aquidauana, que estudam na Capital, alertam que podem ficar sem ônibus para ir às aulas em 2015

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Universitários de Aquidauana, que estudam na Capital, alertam que podem ficar sem ônibus para ir às aulas em 2015

Alunos universitários que moram em Aquidauana (137 quilômetros da Capital), mas estudam nas Universidades de Campo Grande, alertam que podem ficar sem transporte público em 2015. Segundo eles, a Prefeitura de Aquidauana não quer repassar R$ 120 mil para as associações responsáveis pelo transporte dos alunos.

De acordo com um aluno que prefere não se identificar, em virtude de represálias, há duas associações que realizam o transporte, contudo, a Prefeitura pretende atender somente uma.

“Eles querem beneficiar somente a associação que declarou apoio ao prefeito José Henrique, em detrimento da associação mais antiga, que atende cerca de 130 alunos”, ressalta o aluno. A associação que seria beneficiada pela Prefeitura atende cerca de 90 alunos.

O vereador Paulo Reis (PMDB) diz que a base aliada do prefeito, na Câmara, pediu vista de um PL (Projeto de Lei), que determina o repasse para todas as associações, com a intenção suspender o pagamento.

“Foi estratégia da base aliada. Se esse PL não for votado em 2014, perderá o objeto e é bem possível que não seja votado em 2015”, acentua.

Além disso, Reis afirma que as empresas que realizaram o transporte em 2014 estão sem receber. “Esse montante de R$ 120 mil serve para pagar essas empresas, que correm o risco de enfrentar um calote”, diz.

O vereador explica que, se a Prefeitura não repassar a verba do transporte, esse montante ficará em caixa para ser usado em outras atribuições.

“Esses alunos que trabalham aqui (Aquidauana) e estudam em Campo Grande são guerreiros. Eles só retornam das aulas 1 hora da madrugada, é muito sofrido”, destaca.

Por outro lado, o prefeito de Aquidauana, José Henrique Trindade (PDT), afirma que vai seguir o que a Câmara dos Vereadores decidir. “Estou aguardando a Câmara. Mesmo achando esquisito que alguns alunos fiquem sem transporte para estudar, vou seguir o que os vereadores decidirem”.

Trindade diz que não fez o repasse porque a Câmara pediu vista, se esquivando de qualquer responsabilidade na atitude de alguns vereadores. “A Prefeitura ficou sem condições de pagar, é preciso que o legislativo autorize”, conclui.

 

 

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