UFC implementa era do medo entre lutadores com demissões em massa e vê evento empolgante

O recado foi muito bem entendido pelos lutadores. Na última semana, Dana White fez uma das maiores demissões em massa do UFC, cortando 18 atletas em dois dias. Apesar de não ter dito isso nominalmente, deixou nas entrelinhas: ou você faz lutas empolgantes, se entrega dentro do octógono, ou você está fora dos planos do […]

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O recado foi muito bem entendido pelos lutadores. Na última semana, Dana White fez uma das maiores demissões em massa do UFC, cortando 18 atletas em dois dias. Apesar de não ter dito isso nominalmente, deixou nas entrelinhas: ou você faz lutas empolgantes, se entrega dentro do octógono, ou você está fora dos planos do evento. E foi o que vimos no UFC 157.

Não dá para negar que com esse facão da última semana, o presidente da franquia implantou uma nova era entre os lutadores, baseada basicamente no medo. Afinal, para um atleta de MMA, quem quer deixar o maior evento do mundo? Ter de ralar tudo de novo para voltar? Por isso, o card do último sábado foi cheio de lutas empolgantes. Dava para ver isso nos lutadores em risco.

Muitos entraram no octógono com a corda no pescoço por conta de resultados negativos. Já outros, sem muita fama, não queriam correr o risco de entrar na faca por conta de uma atuação pouco vistosa. O UFC 157, no último sábado, foi repleto de grandes combates.

Vamos a quatro bons exemplos. Court McGee e Josh Neer vinham de duas derrotas seguidas e se entregaram como nunca. McGee bateu muito em Neer, que continuava em pé e sempre reagia, mesmo estando perto de ser nocauteado várias vezes. Josh, mesmo derrotado, deve seguir.

Dennis Bermudez e Matt Grice fizeram uma das melhores lutas do ano e não tinha resultado que tirasse um deles do Ultimate – Bermudez venceu depois de quase ser nocauteado. Já o brasileiro Yuri Villefort perdeu, mas mostrou muita raça contra Nah-Shon Burrell e deve ser mantido.

O veterano Urijah Faber tinha sido avisado pelo próprio Dana White: ou vencia, ou podia começar a pensar em outro evento. O que fez? Deu um show e finalizou Ivan Menjivar com uma transição linda nas costas, indo do crucifixo para o mata-leão. Nada como um aviso como esse.

Por outro lado, alguns nomes podem estar no próximo facão que deve pintar nos próximos dias, afinal, o presidente falou que quer cortar até 100 lutadores neste ano. Minhas apostas de demitidos do UFC 157: Jon Manley, Lavar Johnson e até mesmo Josh Koscheck – se Jon Fitch pode, por que ele não poderia? Para mim, até mesmo os vencedores Brendan Schaub e Neil Magny correm risco.

Encerro esse post com a declaração do canadense Sam Stout, que vinha de derrota e bateu Caros Fodor, por pontos, em decisão dividida dos juízes, logo após o seu combate no UFC 157.

“Eu achei que tinha vencido, mas nessas lutas parelhas, nunca se sabe o que os juízes vão dar. Então cruzei os meus dedos, porque sabia que não podia ter mais uma derrota no meu cartel. Eu definitivamente me senti pressionado [com as demissões], era como se fosse a luta mais importante da minha vida. Sei que é clichê, mas nesse momento, tinha de ser assim.”

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