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Novos secretários discutem os desafios da educação no interior do país Novos

Os secretários de Educação que tomaram posse este ano encontraram dificuldades para começar a trabalhar. Os dirigentes das secretarias mudaram muito, porque mais de 70% dos municípios elegeram novos prefeitos, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). No caso dos que seguiram no cargo, o desafio é continuar melhorando a educação. Os […]
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Os secretários de Educação que tomaram posse este ano encontraram dificuldades para começar a trabalhar. Os dirigentes das secretarias mudaram muito, porque mais de 70% dos municípios elegeram novos prefeitos, de acordo com levantamento da Confederação Nacional dos Municípios (CNM). No caso dos que seguiram no cargo, o desafio é continuar melhorando a educação. Os que iniciaram o mandato em 2013 foram obrigados a organizar as contas da última gestão e, em alguns casos, começar do zero. Nos municípios onde os alunos apresentam desempenho inferior à média brasileira, os dirigentes se esforçam para melhorar a infraestrutura e capacitar os professores.

Jane Cleide Acioly é secretária de Educação de Satuba (AL). Ela diz que, quando assumiu, não tinha nem um computador funcionando, a gestão anterior tratou de levar todos os arquivos. A prestação de contas deixou de ser documentada em outubro do ano passado, quando o município perdeu o direito a alguns repasses federais. A situação estava tão grave que o prefeito José Paulino Acioly (PSD) decretou estado de urgência administrativa. “Com isso pudemos fazer compras sem licitação, o que acelerou o processo”, explica a secretária.

“Tudo estava sucateado, até carros que levavam a merenda escolar tinham desaparecido. As escolas estavam sem ventiladores, com a mobília quebrada”, diz Acioly. O município conta com 11 escolas e duas creches na rede municipal, que atende a cerca de 2,3 mil alunos, segundo o Censo Escolar de 2012. Em Satuba, o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) – utilizado pelo Ministério da Educação (MEC) para medir a qualidade das escolas – é 3,5 nos anos iniciais do ensino fundamental (medido no 5º ano) e 2,3 nos anos final (medido no 9º ano). Ambos estão abaixo da média brasileira que é de 5 para os anos iniciais e 4,1 para os anos finais.

A secretária diz que o município teve que alugar seis prédios para que as escolas pudessem funcionar. No início da gestão, a prioridade foi garantir a merenda (que tinha problemas na prestação de contas) e a contratação de profissionais – “principalmente auxiliares de classe para estudantes com necessidades especiais, com os quais não contávamos no município. Foram contratados 30″, informa. Houve dificuldade para garantir o pagamento dos professores. Segundo ela, o município cumpre o piso salarial nacional, que é R$ 1.567.

O secretário de Educação de Boquira (BA), Reinaldo Vieira dos Santos, diz que os 11 laboratórios de informática solicitados pela última gestão não foram instalados e todas as máquinas estavam encaixotadas. Uma creche foi solicitada por meio do Programa Proinfância, mas não foi construída. “Encontramos todo o dinheiro em caixa. A prefeitura recebeu, mas não fez o processo burocrático necessário para a construção”.

O secretário diz que, além da infraestrutura, a prioridade é formar os professores e envolver a família dos alunos. “São coisas muito importantes para a qualidade do ensino. Temos uma taxa de 30% de evasão em todos os níveis escolares e uma taxa de reprovação de também 30%. Os professores precisam estar preparados para formar os estudantes e os pais precisam compreender que a escola não é depósito de criança. A parceria deles é importante”, diz o secretário.

Em Boquira, o Ideb está abaixo da média nacional, 4,4 nos anos iniciais. Nos anos finais, está um pouco acima: 4,2. Os professores recebiam por mês R$ 636 no início da gestão. De acordo com o secretário, hoje é R$ 1.611.

O secretário Mistênio Bertuleza, de Afonso Bezerra (RN), está na segunda gestão. Ele acompanhou a melhora do desempenho dos estudantes do município, que passou de um Ideb de 2,5 nos anos iniciais e 2,7 nos anos finais em 2009 para 3,5 nos iniciais e 3 nos finais em 201. Ele diz que o município teve melhoras, mas que ainda há carências. Uma novidade, será a primeira creche, que está em construção. A creche vai atender a 300 crianças até 5 anos.

Os secretários participam de hoje (14) a 17 de maio do 14º Fórum Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação, na Costa do Sauípe (BA). Ao todo participam mais de mil secretários de Educação, técnicos e educadores de todo o país.

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