TJ-RJ dá habeas a filha de bicheiro acusada de chefiar quadrilha

O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu habeas corpus a Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, na tarde de domingo. Shanna era procurada pela polícia desde o dia 20 de dezembro do ano passado, acusada de liderar uma quadrilha especializada em homicídios. Segundo o Ministério Público do […]

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O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) concedeu habeas corpus a Shanna Harrouche Garcia, filha do bicheiro Waldomiro Paes Garcia, o Maninho, na tarde de domingo. Shanna era procurada pela polícia desde o dia 20 de dezembro do ano passado, acusada de liderar uma quadrilha especializada em homicídios.

Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro, responsável pela operação Tempestade no Deserto, Shanna teria assumido o papel de líder da quadrilha que mantém a exploração ilícita do jogo de caça-níqueis após a morte de seu pai e de seu marido, José Luiz de Barros Lopes, conhecido como Zé Personal.

Durante a operação, foram presos o policial civil Carlos Daniel Ferreira Dias e os policiais militares João André Ferreira Martins e Marcelo Alves da Silva. De acordo com a denúncia, junto com eles, o também PM Adriano Magalhães da Nóbrega e Luís Carlos Felipe Martins, tentaram matar um homem chamado Rogério Mesquita e outras três pessoas na madrugada do dia 10 de maio de 2008, por ordem de Shanna.

O grupo é acusado de formação de quadrilha armada e tentativas de homicídio qualificado. O crime teria sido praticado pela disputa do espólio criminoso do bicheiro Maninho, no qual Rogério Mesquita estaria relacionado por ter sido considerado amigo íntimo do contraventor. Na ocasião, as vítimas conseguiram fugir, apesar de um dos carros que as transportavam ter sido atingido por 37 tiros. Outro denunciado, Jorge Antônio dos Santos, também teria envolvimento na tentativa de homicídio por ter acompanhado os demais até o local da emboscada.

Na decisão do TJ-RJ que concedeu o habeas-corpus, o desembargador Luís Gustavo Grandinetti declarou que a prisão de Shanna não se justifica, já que não é possível ainda detectar o envolvimento dela nos crimes a partir da leitura do processo. A prisão preventiva foi revogada e substituída pelo pagamento de fiança no valor de 100 salários mínimos.

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