Entenda o que muda: Prefeitura vai reorganizar unidades de saúde

Atendimento pediátrico de urgência pode ficar em 4 UPAS

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Atendimento pediátrico de urgência pode ficar em 4 UPAS

A Prefeitura de Campo Grande vai reorganizar os serviços oferecidos e o atendimento nas unidades de saúde. Ainda não há previsão de quando as mudanças devem ocorrer. Os pontos principais, no entanto, são o atendimento pediátrico de urgência e emergência, que podem ser concentrados em 4 UPAS (Unidades de Pronto Atendimento) e os CRSs (Centros Regionais de Saúde) que podem virar UPAS do tipo 1, e terem menos médicos. Entenda o que pode mudar:

Requalificação das UPAS

O que motiva a Prefeitura, conforme explicou a assessoria, é desonerar o município. Uma das propostas, nesse sentido, é requalificar as UPAS (Unidades de Pronto Atendimento), que podem, dessa forma, receber mais verbas do Ministério da Saúde.

“As UPAS são classificadas por UPA 1, 2 e 3, e tem determinado recurso que vem para o município quando qualifica. Então a gente está nesse processo de qualificação dessas UPAS”, explicou a assessoria de imprensa da Sesau (Secretaria municipal de saúde).

Atendimento pediátrico de urgência

O atendimento pediátrico de urgência e emergência também deve mudar. Conforme explicou a assessoria da Sesau, uma das possibilidades é que 4 UPAS sejam responsáveis por esse atendimento: Leblon, Coronel Antonino, Vila Almeida e Universitário. Hoje, esse atendimento ocorre em 10 unidades de saúde. Em 6 UPAS  e 4 CRSs.

CRSs podem virar UPAS

Já as CRSs devem mudar o tipo de serviço oferecido. Além de retirar o atendimento de emergência dessas unidades, uma das possibilidades estudadas é transformar essas unidades em UPAS, uma ideia do Conselho Municipal de Saúde.

Dessa forma, elas receberiam verbas federais. Hoje, conforme a assessoria de imprensa da Sesau, cada unidade custa em média R$1,5 milhão. Além disso, essas unidades, caso sejam readequadas como UPAS, terão menos médicos. É o que explica o coordenador da Mesa Diretora do Conselho Municipal de Saúde, Sebastião de Campo Arinos Junior.

“Aí nós teríamos que repactuar as UPAS existentes e os CRSs, hoje, se tornariam UPAS tipo 1. Hoje no CRS nós temos 3 clínicos, o porte da UPA tipo 1 são 2 clínicos, conforme portaria ministerial. Existe essa proposta para fazer o estudo. Os técnicos do Ministério já disseram que é possível, viável, mas ainda está em discussão”, comentou o coordenador.

Sebastião afirmou, no entanto, que apenas 3 dos 4 CRSs seriam contemplados por essa mudança: Tiradentes, Nova Bahia e Aero Rancho. O CRS Coophavila ficaria de fora, por não ter demanda suficiente.

Já o prefeito Marquinhos Trad (PSD) afirmou, nesta quarta-feira (12), que uma das apostas é compactar as UPAS, extinguir as CRSs e ampliar os serviços básicos. “Temos que fazer atenção básica, mas enquanto não há, temos que fortalecer essas Upas. Tem que ter paciência, é questão de planejamento, e estava tudo arrasado, vocês entraram comigo e viram”.

Outra possibilidade levantada pela Prefeitura é transformar as CRSs em UBSFs (Unidades Básicas da Família). A assessoria de imprensa da Sesau declarou que as mudanças serão discutidas com a sociedade civil, por meio do Conselho municipal de saúde, e nos locais onde as unidades funcionam.

Conteúdos relacionados