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Transparência

Com tarifa de R$ 4,65, Campo Grande é a 10ª capital com transporte público mais caro

Com banheiros sujos e falta de reforma, usuários de Campo Grande denunciam condições dos terminais de transporte público
Dândara Genelhú -
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Imagem ilustrativa. (Foto: Henrique Arakaki, Midiamax)

A tarifa de R$ 4,65 colocou Campo Grande na lista de capitais com a passagem de transporte público mais cara do país. A Capital sul-mato-grossense adota o novo valor a partir de 1º de março. 

Então, com o anúncio do novo valor nesta terça-feira (14), Campo Grande foi para a 10ª colocação. O município saltou duas posições no ranking de tarifas do transporte público nas capitais do Brasil. 

Assim, passou (ES) e Aracaju (SE), que possuem tarifa de R$ 4,5 para os usuários. Contudo, nos próximos 14 dias Campo Grande segue com a passagem por R$ 4,40. 

O valor coloca Empatada em 12º, junto de outras duas capitais: João Pessoa (PB) e São Paulo (SP). Além disso, se considerarmos os valores das tarifas, Campo Grande tem a 8ª maior passagem do país.

Confira a tabela com valores das 27 capitais:

CapitalEstadoValor da tarifa
MG6,35
Porto VelhoRO6
FlorianópolisSC6
CuritibaPR5,5
DF5
Boa VistaRR5
CuiabáMT4,95
SalvadorBA4,9
Porto AlegreRS4,8
Campo GrandeMS4,65
VitóriaES4,5
AracajuSE4,5
João PessoaPB4,4
São PauloSP4,4
GoiâniaGO4,3
Rio de JaneiroRJ4,3
São LuísMA4,1
RecifePE4,1
Rio BrancoAC4
BelémPA4
TeresinaPI4
FortalezaCE3,9
NatalRN3,9
PalmasTO3,85
ManausAM3,8
MacapáAP3,7
MaceióAL3,35

Tarifa do transporte público

Durante anúncio da tarifa, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), destacou que o valor foi definido com auxílio dos repasses municipais, estaduais e isenção de impostos concedida ao Consórcio Guaicurus.

Assim, Adriane afirmou que a Prefeitura Municipal fará repasses mensais de R$ 1,3 milhão para subsidiar o passe dos estudantes da Reme (Rede Municipal de Ensino). O valor se soma aos R$ 10 milhões anunciados pelo Governo do Estado para pagar a gratuidade de alunos da REE (Rede Estadual de Ensino).

De acordo com Adriane, o município buscará subsidio da União, que ano passado repassou R$ 11,7 milhões para custear o passe gratuito dos idosos. Caso o repasse seja feito, o Consórcio receberá acima de R$ 30 milhões somente para custear gratuidades.

Além disso, a empresa recebeu isenção de mais de R$ 10 milhões em impostos que seriam pagos ao município. Assim, a Prefeitura de Campo Grande renunciará R$ 10.869.409,44 em 2023.

Por fim, o projeto enviado à e aprovado nesta terça-feira (14) prevê renúncias para 2024 (R$ 11.793.309,24) e para 2025 (R$ 12.854.707,07) em recursos.

Então, em contrapartida a prefeita prometeu que a Comissão Permanente de Transporte avaliará melhorias. Ao longo de oito reportagens, o Jornal Midiamax ouviu passageiros que usam os terminais diariamente e apontaram problemas nas estruturas.

Denúncias sobre os terminais

No Terminal General Osório os usuários denunciam combo de problemas que vão de ‘cachoeira’ no teto a sangue no banheiro. Com bebedouros totalmente inoperantes, banheiros danificados, falta de limpeza e uma estrutura que não protege da chuva com eficiência, o local deixa a população que depende do transporte coletivo a mercê de condições precárias há anos.

Quase 4 anos após promessa, a tão esperada reforma não chegou ao Terminal Morenão e passageiros enfrentam abandono. Então, o terminal é marcado por bancos sem ‘assentos’, falhas no chão e até fios expostos.

Terminal Bandeirantes é outro que está com a reforma travada e vive de ‘sucateamento’. No local, existe até covil de dengue e os problemas aumentam em dia de chuva. Assim, em dias de temporal, a chuva alaga o terminal e a água invade até área coberta: ‘Não tem pra onde correr’, lamentam os passageiros.

Contudo, o pedido dos passageiros foi claro no Terminal Aero Rancho: água fria e banheiro limpo. Isso porque em uma rápida caminhada pelo terminal é possível encontrar diversos problemas, como a sujeira, diversas goteiras, falta de placas de informação.

Passageiros do transporte coletivo apelidaram o Terminal Nova Bahia de ‘o mais sujo de CG’. Quando os usuários falam em ‘sujeira’ não se referem à falta de limpeza no terminal, porque ela existe (funcionárias passam vassoura e pano no local). Então, apontam o aspecto de abandono e descaso marcados pelos 23 anos desde a inauguração e nenhum investimento em melhorias por parte do poder público.

Com reforma anunciada em 2020, o Terminal Júlio de Castilho não difere dos outros. Assim, quase três anos se passaram, os investimentos não chegaram e passageiros convivem diariamente com o abandono, a sujeira e a falta de informações no terminal de transbordo.

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