Alvo de buscas da PF na Fiems, Sérgio Longen tem bens bloqueados e sigilo bancário quebrado
O juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, da 4ª Vara Federal de Recife, determinou o bloqueio de bens e quebra de sigilo bancário do presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) Sérgio Longen na mesma decisão que autorizou mais de 40 buscas e apreensões durante a Operação Fantoche nesta terça-feira […]
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O juiz federal Cesar Arthur Cavalcanti de Carvalho, da 4ª Vara Federal de Recife, determinou o bloqueio de bens e quebra de sigilo bancário do presidente da Fiems (Federação das Indústrias de Mato Grosso do Sul) Sérgio Longen na mesma decisão que autorizou mais de 40 buscas e apreensões durante a Operação Fantoche nesta terça-feira (19).
O processo corre sob segredo de justiça, mas a íntegra do pedido foi divulgada por Fausto Macedo, do Estadão. São investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
Ao todo, 36 pessoas tiveram o sigilo bancário quebrado e outras 24, incluindo Longen, tiveram os bens bloqueados em até R$ 400 milhões, o prejuízo calculado pela operação aos cofres públicos nos supostos superfaturamentos.
Em Campo Grande, a Polícia Federal cumpriu dois mandados de busca e apreensão, sendo um deles na sede da Fiems e outro em um apartamento de luxo, antigo endereço de Longen. Foram cumpridos dez mandados de prisão, sendo sete em Pernambuco e outros três em Alagoas, Paraíba e Minas Gerais. Todos os alvos da operação já estão soltos.
Mais de R$ 400 milhões
A Operação Fantoche investiga um esquema de corrupção envolvendo um grupo de empresas sob o controle de uma mesma família que vem executando contratos, desde 2002, por meio de convênios com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S. Estima-se que o grupo já tenha recebido mais de R$ 400 milhões.
Segundo a PF, são investigadas a prática de crimes contra a administração pública, fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos.
A operação conta com apoio do TCU (Tribunal de Contas da União). A investigação aponta que o grupo costumava utilizar entidades de direito privado sem fins lucrativos para justificar os contratos e convênios diretos com o ministério e unidades do Sistema S.
Em coletiva, o presidente da Fiems não citou seus bloqueios de bens e nem quebra do sigilo bancário. Longen apenas informou que os contratos realizados pela Fiems em Campo Grande estariam dentro da legalidade.
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