O MP-MS (Ministério Público Estadual) abriu um procedimento investigativo contra uma suposta ‘servidora fantasma’ da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), que estaria, desde 2011, recebendo salário do órgão, sem, de fato, comparecer ao trabalho.

A denúncia será apurada em procedimento preparatório, instaurado na última quinta-feira (24). Por tramitar em sigilo, o promotor Humberto Lapa Ferri, da 31ª Promotoria de Justiça de , não divulgou a identidade da servidora, mas o Jornal Midiamax apurou que ela tem salário de R$ 1.275,61.

A investigada foi nomeada em 2011 e é lotada na Secretaria de Assuntos Institucionais e Jurídicos. A reportagem procurou a Assembleia Legislativa. Em nota, a Casa de Leis informou que a servidora desempenha suas funções regularmente e, no período anterior às eleições, esteve à disposição do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul) para auxiliar no cadastro biométrico.

CPI dos Fantasmas

Em 2016 então deputado estadual e hoje prefeito de Campo Grande, Marquinhos Trad (PSD), chegou a sugerir a criação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Fantasmas, mas o pedido foi arquivado em dezembro de 2016, antes mesmo de ser efetivamente instaurada.

À época, o presidente da Casa de Leis, Junior Mochi (MDB), anunciou o arquivamento, justificando que o MP-MS havia aberto um procedimento para investigar eventual existência de funcionários fantasmas, e se comprometendo a enviar todos os documentos solicitados pelo órgão sobre controle de ponto e jornada de trabalho dos servidores nos últimos cinco anos.