Com 5º caso, Dourados tem maior número de pedidos de cassação desde Uragano
Um dia após receber o quinto requerimento para cassação de mandato de vereador nesta legislatura, a Câmara Municipal de Dourados registrou o maior número de pedidos desse tipo desde a Operação Uragano – quando nove dos 12 vereadores perderam os mandatos após serem presos, seja cassados ou por meio de renúncia. “Desde a Uragano foi […]
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Um dia após receber o quinto requerimento para cassação de mandato de vereador nesta legislatura, a Câmara Municipal de Dourados registrou o maior número de pedidos desse tipo desde a Operação Uragano – quando nove dos 12 vereadores perderam os mandatos após serem presos, seja cassados ou por meio de renúncia.
“Desde a Uragano foi a maior situação de cassação na Câmara”, destacou o presidente, vereador Alan Guedes (DEM), que contou ter recebido no final do expediente de segunda-feira (20) a denúncia contra o vereador Junior Rodrigues (PR).
“Demos o despacho hoje, encaminhamos para a Procuradoria, para os gabinetes e faremos a análise inicial para saber se a denúncia cumpre requisitos para ser encaminhada ao Plenário”, informou. De acordo com ele, não há prazo para a sessão de cassação ser marcada e, mesmo com o aceite da denúncia, se ela ocorrer não será em curto prazo.
Quatro pedidos
Na noite de ontem (20) é que foi concluída a análise do último de quatro pedidos de cassação de vereadores presos – três deles na Operação Cifra Negra e uma na Pregão. Destes, somente Denize Portollan (PR) perdeu o mandato.
Até o ex-vereador Dirceu Longhi chegou a ser alvo de denúncia. “O pedido foi arquivo porque ele não está no mandato, como suplente tem uma expectativa de cargo. Se fosse cassado o vereador Cirilo Ramão, o pedido poderia ser analisado, mas foi arquivado”, informou Alan.
Segundo ele, a quantidade de denúncias altera a rotina na Casa. Mesmo assim, ele avalia que é preciso investigar cada uma delas. Para o vereador, a forma das pessoas de posicionarem em relação a denúncias mudou. Muitas tem se manifestado pelas redes sociais com um clamor popular e sempre há manifestações no Plenário.
“Temos percebido que a população quer que a Câmara se posicione, analise e investigue tudo que tiver ao seu alcance”, afirmou, relevando que após os pedidos de perda de mandato de quatro vereadores, foram recebidas mais de 40 cartas de entidades do comércio e de classe pedindo providencias.
Na avaliação do presidente da Câmara, apesar da alteração de rotina a avaliação é positiva. “Independente da posição de cada vereador, a instituição está cumprido seu papel que é permitir a investigação, analisar e votar”, concluiu.
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