Servidor da Assembleia alvo do Gaeco negou irregularidades e ligação com venda de grãos
Um dia após a deflagração da Operação Grãos de Ouro, o servidor da Assembleia Legislativa que esteve entre os alvos dos agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) negou que tenha qualquer cometido qualquer ato ilícito que possa relacioná-lo às investigações sobre sonegação fiscal. O servidor afirmou que trabalhar há […]
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Um dia após a deflagração da Operação Grãos de Ouro, o servidor da Assembleia Legislativa que esteve entre os alvos dos agentes do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado) negou que tenha qualquer cometido qualquer ato ilícito que possa relacioná-lo às investigações sobre sonegação fiscal.
O servidor afirmou que trabalhar há 23 anos na Assembleia Legislativa e que nunca respondeu a nenhum processo administrativo. “Minhas mãos estão limpas”, afirmou
Marcão negou que tenha qualquer relação com a suposta prática de sonegação fiscal investigada na Operação, e reclamou da ‘exposição’ de seu nome durante a Operação. O servidor argumentou ainda que, por ter um cargo político, conversa com muitas pessoas, e que uma dessas conversas pode ter sido com um dos investigados, mas pontuou que sequer teve acesso ao teor das investigações, tampouco sobre os motivos que levaram à apreensão de seu celular.
O corregedor da Casa, deputado Maurício Picarelli (PSDB), afirmou que a Assembleia não abrirá nenhum procedimento administrativo para apurar o caso, uma vez que o legislativo em si não foi citado na ação do Gaeco, apenas um servidor que ainda será investigado.
Operação
A operação Grãos de Ouro, desencadeada nesta quarta-feira (8) pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), prendeu 33 pessoas em 7 estados, 25 delas só em Mato Grosso do Sul. Entre os detidos em Campo Grande, estão dois servidores da Sefaz-MS (Secretaria de Estado de Fazenda), que faziam parte do esquema que sonegou pelo menos R$ 44 milhões em impostos que deveriam ter sido recolhidos pelo Governo do Estado.
De acordo com a promotora Cristine Mourão, 14 empresas foram identificadas como integrantes do esquema. Elas emitiam notas falsas e faziam com que grãos produzidos em Mato Grosso do Sul acabassem saindo do Estado sem que o ICMS (Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) fosse recolhido.
Faziam parte do esquema criminoso produtores rurais, corretores de grãos, empresas que emitiam notas fiscais – as chamadas noteiras, servidores públicos e motoristas que transportavam a carga.
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