Gustavo Freire pediu exoneração após ser reconduzido ao cargo de auditor

Nesta quarta, Gustavo Freire pediu exoneração da administração municipal

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Nesta quarta, Gustavo Freire pediu exoneração da administração municipal

Gustavo Freire, que foi o supersecretário do prefeito Alcides Bernal na primeira parte da sua gestão, foi reintegrado como servidor público no cargo de auditor fiscal da Receita Federal. A decisão foi publicada no Diário Oficial do Ministério da Fazenda no último dia 8 de outubro. Consta na publicação que a decisão é “em cumprimento ao acórdão prolatado no bojo do MS 20.678/DF, em trâmite perante o Superior Tribunal de Justiça”.

Nesta quarta-feira (21), Gustavo Freire pediu exoneração do cargo de assessor especial II da Secretaria Municipal de Governo e Relações Institucionais, segundo publicação de hoje do Diário Oficial de Campo Grande.

O servidor, que foi demitido pelo ministro Guido Mantega em 2013 da Receita Federal por improbidade administrativa, ao cobrar propina para liberar carga de combustíveis na fronteira com a Bolívia, foi nomeado novamente por Bernal no dia 21 de setembro deste ano e teria pedido a própria exoneração a contar do último dia 13.

Freire se manteve como ficha limpa por liminar do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e recebeu um salário de R$ 4.039,56, com adicional de até 80%, podendo chegar a R$ 7.271,20.

Outra liminar determinou que ele mantivesse o salário de R$ 19,5 mil até o julgamento do mérito do mandado de segurança. A denúncia foi feita contra Freire no Ministério Público Federal, referente à Operação Vulcano, de 2008.

A acusação ajuizada pelo MPF se tornou processo 0001290-41.2012.4.03.6004 na Justiça Federal, que apura improbidade administrativa contra três auditores fiscais da Receita Federal sendo Gustavo Freire, Joelson Santana e Juarez Bassan Domit, além de um empresário e dois despachantes aduaneiros.

O MPF pede que os seis acusados sejam condenados a devolver para os cofres da União os R$ 1,165 milhão, mais R$ 100 mil por danos morais coletivos. Se condenados, réus ficarão proibidos de ocupar cargo público, de contratar com o Poder Público e terão seus direitos políticos suspensos, além da perda dos cargos de auditor.