A candidatura do deputado federal Luiz Henrique Mandetta (DEM) em 2010 – logo após sair da secretaria municipal de saúde de Campo Grande, na administração de Nelsinho Trad (PMDB), consumiu quase R$ 1,7 milhão. Os principais financiadores foram empreiteiras, empresas de saúde e até suspeitos de corrupção como a empresa Nilcatex, Cirumed e o delator do mensalão pantaneiro, o ex-deputo Ary Rigo.

O doador de maior valor foi a Bigolin Materiais de Construção com R$ 300 mil, que em 2010 gastou R$ 920 mil entre Mandetta e um seleto grupo do PMDB, formado por Carlos Marun (R$ 220 mil), Wandemir Moka (R$ 200 mil) e André Puccinelli (R$ 200 mil).

E seguida as empreiteiras Nautilus Engenharia doou R$ 265 mil, seguida da Pactual Construções com R$ 150 mil. A Engepar Engenharia e Participações doou R$ 50 mil. O governador André Puccinelli (PMDB) financiou R$ 62,3 mil.

Na prestação de contas a Justiça eleitoral aparecem ainda empresas envolvidas em escândalos e investigações como a Nilcatex têxtil, empresa suspeita de participar da ‘Máfia dos Uniformes’ e a Cirumed, empresa investigada pela Polícia Federal por suspeita de superfaturamento na venda de remédios à gestão Nelsinho Trad, doaram R$ 50 mil cada.

A São Bento Comércio de Medicamentos e Perfumes doou R$ 20 mil. Outra doadora, a Clean Lavanderia, que doou R$ 10 mil, detinha contrato milionário no Hospital Regional e com o HU/UFMS. O ex-deputado Ary Rigo, delator do mensalão pantaneiro, também participou do rateio de financiamento com R$ 1 mil.

Mandetta se lançou deputado federal em 2010, logo após deixar a secretaria municipal de Saúde de Campo Grande. Conforme a prestação de contas de campanha ao todo, o parlamentar desembolsou R$ 1.164.857,50 e foi eleito com 78.733 votos, com média de custo de voto avaliado em R$ 14,80.