Condomínio chique de já virou ponto de atenção para polícia, com tretas que fariam a festa dos vizinhos curiosos até nos piores cortiços. No último fim de semana não foi diferente.

Após galera abusar do uísque, incomodou os vizinhos e o episódio virou caso de polícia.

Como a festança tinha entre os presentes muitos poderosos, donos da festa apostaram que jamais receberiam a vexatória com giroflex ligado na frente de casa. Mas, não escaparam. Foram várias viaturas fechando a rua reservadíssima.

Com o episódio, o condomínio chique entra na disputa pela atenção policial com bairros considerados ‘barra pesada' de Campo Grande.

Concussão e abuso de autoridade no condomínio chique

O festival de maus exemplos estava só começando. Vizinho da casa tomou a frente e, bêbado, a plenos pulmões, passou a ‘avisar' aos policiais que seria ‘autoridade pra car…'.

A postura, típica no órgão do qual o pudim de uísque faz parte, envergonhou até alguns que estavam na festança e resolveram vazar antes que a situação piorasse.

Segundo quem testemunhou, os policiais tiveram muita paciência, mas não teriam escondido a ojeriza que o de concussão no condomínio chique causou a todos.

O crime de concussão ocorre quando um servidor público exige vantagem em razão do cargo público que ocupa. Engloba desde um delegado de polícia civil que cobra propina para ‘aliviar' para um traficante preso, até um promotor que exige tratamento diferenciado numa abordagem policial só por ser membro ministerial, por exemplo.

Prevista no artigo 316 do Código Penal, a concussão é diferente da corrupção passiva, em que também pode haver solicitação de vantagem, porque usa o temor de represálias, como quando dizem a um policial que ‘vão mandar ele ser transferido para o fim do mundo por multar um poderoso', por exemplo.

A pena para o servidor público que comete crime de concussão varia entre dois e 12 anos de cadeia, além de multa.

No entanto, a atitude no condomínio chique não teria surpreendido os presentes porque partiu de membro de órgão onde se mantém verdadeiro ‘gabinete da blindagem‘ a serviço de quem quer que ocupe qualquer posição de destaque com poder político ou econômico em Mato Grosso do Sul.