Justiça do Trabalho embarga obras do estádio de Curitiba para Copa
A juíza Lorena de Mello Rezende Colnago, da 23ª Vara do Trabalho de Curitiba, determinou nesta terça-feira o embargo imediato das obras no estádio Arena da Baixada, o que pode atrasar ainda mais a reforma para a Copa do Mundo de 2014. A decisão foi baseada em um relatório, segundo o qual foi demonstrado “o […]
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A juíza Lorena de Mello Rezende Colnago, da 23ª Vara do Trabalho de Curitiba, determinou nesta terça-feira o embargo imediato das obras no estádio Arena da Baixada, o que pode atrasar ainda mais a reforma para a Copa do Mundo de 2014.
A decisão foi baseada em um relatório, segundo o qual foi demonstrado “o grave risco de soterramento de trabalhadores, atropelamento e colisão, queda de altura e projeção de materiais, dentre outros graves riscos”, informou o Tribunal Regional do Trabalho do Paraná.
O relatório foi elaborado pelo Grupo Móvel de Auditoria de Condições de Trabalho em Obras de Infraestrutura do Ministério do Trabalho e Emprego (GMAI), o que motivou uma ação civil pública pelo Ministério Público do Trabalho.
“Consultando os autos, verifica-se a existência de inúmeros autos de infração, em várias fases da obra”, escreveu a juíza, que determinou multa diária de 500 mil reais em caso de desobediência.
“Após a implementação das medidas de segurança pela ré, condiciono a liberação da obra à nova fiscalização do GMAI atestando a regularização do meio ambiente do trabalho.”
O Clube Atlético Paranaense, dono da arena, informou na última sexta-feira que “desde o dia 17 deste mês (setembro), quando iniciou a inspeção do GMAI, acolheu e implementou diversas correções em tempo recorde, tornando a construção mais segura”.
O estádio Arena da Baixada está sendo reformado para o Mundial do ano que vem e tem previsão de entrega para dezembro deste ano. Segundo o clube, a arena chegou a 78,9 por cento de conclusão no final de agosto.
A arena, que vai receber quatro jogos da Copa, todos pela primeira fase, é motivo de preocupação dos organizadores da competição.
Em agosto, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitou o estádio e ficou acertado com o Atlético Paranaense que o local não terá uma cobertura retrátil na Copa, como havia planejado o clube, para não atrasar o andamento dos trabalhos.
“Tivemos uma discussão sobre a situação de Curitiba, se estaria pronta, e aí fizemos um pedido para a cidade e o clube de adiar a cobertura retrátil para que o estádio esteja pronto para a Copa”, afirmou Valcke na ocasião, acrescentando que a cobertura retrátil não era um requisito da Fifa para o estádio.
A entidade que controla o futebol mundial estabeleceu dezembro deste ano como prazo para a entrega dos 12 estádios da Copa e disse que não vai tolerar atrasos, como os que ocorreram na Copa das Confederações, em junho passado.
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