STJ: Justiça deve recalcular pena de procuradora que torturou criança

Com a decisão, o caso volta ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para fixação de nova punição, de acordo com os critérios definidos pelo STJ

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Com a decisão, o caso volta ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para fixação de nova punição, de acordo com os critérios definidos pelo STJ

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou, nesta quarta-feira, que a Justiça do Rio de Janeiro recalcule a pena imposta à procuradora aposentada Vera Lúcia de Sant’anna Gomes, condenada por torturar uma criança de 2 anos. Ela foi presa em 2010, após ser flagrada cometendo atos de violência física e verbal contra a menina – que estava sob sua guarda, para adoção.

Vera Lúcia foi condenada, em primeira instância, a oito anos e dois meses de prisão. A defesa da procuradora entrou com habeas-corpus, alegando que a pena foi fixada sem a devida fundamentação. No pedido, os advogados alegaram que a condenada é primária e tem bons antecedentes (foi membro do Ministério Público por 25 anos), características que teriam sido desconsideradas no cálculo.

A pena para o crime de tortura é de dois a oito anos. Com a decisão, o caso volta ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro para fixação de nova punição, de acordo com os critérios definidos pelo STJ.

A procuradora aposentada se entregou à polícia em maio de 2010. À época, a criança foi encontrada pelo Conselho Tutelar com sinais de maus-tratos na casa de Vera Lúcia. Segundo as denúncias, a menina era submetida diariamente à violência física e moral, inclusive na presença de empregados da casa.

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