Deflagrada nesta quinta-feira (18), pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) e o Gecoc (Grupo Especial de Combate à Corrupção), a operação Tromper desmonta esquema de fraude em licitações da prefeitura de , distante 70 quilômetros de Campo Grande. Segundo as investigações, o esquema que contava até com abertura de empresas de fachada, começou na cidade em 2017, há seis anos.

Ao todo, segundo o Gaeco, são cumpridos 16 mandados de busca e apreensão. Servidores e empresários seriam alvos, conforme apurou o Jornal Midiamax. Casa de servidores, além de empresas e o paço municipal devem ter buscas realizadas pelos agentes. Quatro equipes do da PM dão apoio na operação.

Ainda não foram detalhados os materiais apreendidos no cumprimento dos mandados, mas quantia em que estava em um cofre e uma arma estão entre os itens encontrados nos locais alvos da operação.

Fraude em licitação tinha empresa de fachada

As investigações concluíram que esquema de corrupção instalado na prefeitura desde 2017, na gestão de Marcelo Ascoli (PSL), operou crimes de peculato, falsidade ideológica, associação criminosa, sonegação fiscal e às licitações.

O Gaeco descobriu que para “esquentar” o esquema, os integrantes abriam empresas de fachada, registravam CNPJ e até usavam cadastros já feitos para legitimar as contratações.

Ainda não há informações do montante desviado pelo esquema. As empresas contratadas pelas licitações, segundo o Gaeco, não tinham experiência, estrutura ou capacidade técnica para executar os serviços contratados ou fornecer os itens comprados.

O Midiamax apurou que um dos servidores alvos da ação seria chefe de gabinete do ex-prefeito de Sidrolândia, Marcelo Ascoli. Outro servidor alvo é chefe da Central de Licitações.

O Jornal Midiamax tentou contato com o ex-prefeito Marcelo Ascoli e com a atual prefeita de Sidrolândia, Vanda Camilo (PP), mas as ligações não foram atendidas até a publicação da reportagem.