Integrantes da bancada federal saem em defesa de Mandetta após demissão

Pelo menos cinco dos 11 integrantes da bancada federal sul-mato-grossense que se manifestaram sobre a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), lamentaram a saída e questionaram a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Dentre a mais amena das opiniões dos deputados federais e senadores consultados pelo Jornal Midiamax, está que o […]

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Pelo menos cinco dos 11 integrantes da bancada federal sul-mato-grossense que se manifestaram sobre a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), lamentaram a saída e questionaram a decisão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Dentre a mais amena das opiniões dos deputados federais e senadores consultados pelo Jornal Midiamax, está que o momento não era propício para troca de comando, diante do combate à pandemia do novo coronavírus. Teve até quem recorreu ao ego e insanidade do presidente para tentar compreender a decisão.

Coordenador da bancada, o senador Nelsinho Trad (PSD) usou as redes sociais para desaprovar a exoneração do primo, anunciada nesta quinta-feira (16) após reunião no Palácio do Planalto. “Lamentável a demissão do ministro Mandetta. Mas torço pra que quem entre dê certo para o bem do Brasil”, postou.

Para Dagoberto Nogueira (PDT), a pesquisa Datafolha colocando a avaliação feita pela população do ministro acima do presidente foi a ‘carta de sentença’ para a demissão. “Dificilmente ele [Bolsonaro] ia permitir que um ministro tivesse numa condição melhor do que ele. Assim ele fez com o [Sérgio] Moro [Ministro da Justiça] e agora com o Mandetta, com a demissão concretizada”, pontuou o parlamentar, que não poupa críticas à conduta presidencial, que ele classifica como baseada na ‘insanidade’.

Na avaliação de Vander Loubet (PT), a demissão é uma perda para o Brasil, pois Mandetta vinha fazendo um bom trabalho. “Entendo que a posição dele de defender o isolamento social, a gravidade da pandemia e a necessidade de maiores estudos sobre os possíveis medicamentos para tratamento (caso da cloroquina) está correta, condiz com aquilo que orienta a Organização Mundial da Saúde e os maiores especialistas no assunto’, relembrou.

O petista classificou ainda como ‘vergonhosa’ a forma com que o Bolsonaro conduziu a situação de atrito com seu ministro, “boicotando e sabotando publicamente o trabalho do Ministério da Saúde em meio a essa pandemia”. Para Rose Modesto (PSDB), não era a hora de mudanças. “Minha avaliação é a seguinte: Esse não é momento pra briga, disputas ou qualquer outro movimento . Estamos Precisando de união pra vencer uma crise de saúde pública, crise social e econômica que estamos vivendo”, afirmou.

Primo do ex-ministro, Fábio Trad (PSD) usou as redes sociais para mandar uma mensagem de apoio, falando sobre quem é punido por suas virtudes e não pelos defeitos. “Não se deixe abater com a demissão, pois ser demitido deste governo é ser absolvido pela História”, postou. 

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