Deputado de MS defende Bolsonaro por esconder dados de mortes por Covid-19: ‘são fúnebres’
O deputado federal de Mato Grosso do Sul, Luiz Ovando (PSL) afirmou nesta segunda-feira (8) que as informações divulgadas sobre as mortes de coronavírus no Brasil são fúnebres e não se fala em número de recuperados. Ele também colocou em xeque a credibilidade da OMS (Organização Mundial de Saúde). Em entrevista à CNN na manhã […]
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O deputado federal de Mato Grosso do Sul, Luiz Ovando (PSL) afirmou nesta segunda-feira (8) que as informações divulgadas sobre as mortes de coronavírus no Brasil são fúnebres e não se fala em número de recuperados. Ele também colocou em xeque a credibilidade da OMS (Organização Mundial de Saúde).
Em entrevista à CNN na manhã de hoje, Ovando alegou ser preciso fazer a contagem de número de mortes de Covid-19 por milhão de habitantes. “O Brasil está em torno de 260 mortes por milhão de habitantes e se encontra na 7º ou 8º posição mundial. A Bélgica chegou a 800 e poucos por milhão de habitantes e é um país de primeiro mundo”.
Dados divergentes, mas apresentados no domingo (7) por volta de 20h30 pelo Ministério da Saúde, registram 36.547 mortes por Covid-19 e 693.419 casos confirmados.
De acordo com o parlamentar, há três meses os brasileiros só recebem informações tétricas, mostrando diariamente o número de mortes. “Por que esse isolamento social não se chegou ao ponto que planejava? A informação só é transformada em mudança de comportamento no que o indivíduo tem de conhecimento”.
O bolsonarista afirmou ainda que o Brasil não tinha testes, mas quando o presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), baixou decreto em 4 de fevereiro colocando o país em situação 3 para ter mobilização, os governos decidiram realizar Carnaval. “O governador de São Paulo disse que não tinha motivo para preocupação e quis fazer o maior carnaval do Brasil. A população não sabe disso, não adianta divulgar números e assustar o cidadão, as atitudes tinham que ser tomadas antes”, criticou.
Sobre a OMS, Ovando falou que o mundo está numa fase de aprendizado. “A OMS está mostrando isso. Qual a credibilidade devemos dar a OMS que cada semana ela muda sua orientação e inclusive suspendeu o experimento com a cloroquina e imediatamente teve que se retratar”, questionou.
Conforme o deputado, o Ministério da Saúde tem sido transparente no que apresenta. Nos últimos dias, o governo federal já havia deixado de apresentar alguns dados consolidados e mudado a dinâmica de divulgação. Antes, a pasta divulgava boletins atualizados diariamente entre 17h e 18h, durante coletivas de imprensa. Desde a última quinta-feira (4), os dados têm sido divulgados próximo às 22h.
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