Parlamento é lugar onde se fala e escuta, diz Contar sobre projeto polêmico

Um dos deputados estaduais que não assinaram projeto de resolução para proibir sindicalistas de usar a tribuna da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Capitão Contar (PSL) defende que não seja feita nenhuma alteração no Regimento Interno da Casa, que atualmente permite manifestações seguindo determinados critérios. “Não podemos cercear o direito de manifestações […]

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Capitão Contar (Foto: Luciana Nassar/ALMS)
Capitão Contar (Foto: Luciana Nassar/ALMS)

Um dos deputados estaduais que não assinaram projeto de resolução para proibir sindicalistas de usar a tribuna da ALMS (Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul), Capitão Contar (PSL) defende que não seja feita nenhuma alteração no Regimento Interno da Casa, que atualmente permite manifestações seguindo determinados critérios.

“Não podemos cercear o direito de manifestações públicas ordeiras e objetivas. Parlamento é o local onde se fala. E também onde se escuta. As casas de leis são como caixas de ressonância: dão eco às reivindicações populares”, afirmou o parlamentar.

Assim como os deputados Márcio Fernandes (MDB) e Renato Câmara (MDB), Contar argumentou que a ALMS é a casa do povo. “Ali debatemos todo tipo de assunto de interesse popular. E devemos manter as portas abertas para também ouvirmos os segmentos representativos”, completou.

Contar destaca, contudo, que as manifestações devem ocorrer de forma organizada, objetiva e regimental. Para ele, a Assembleia não deve ser usada como palanque de movimentos sindicais ou ideológicos. Mas, na avaliação do deputado “não há motivos para mudar o que já está sendo feito”, afirmou, pontuando que as manifestações devem sempre ser feitas de forma a respeitar o regimento, tratando de assuntos de interesse popular e que tenham relevância e importância para o bem comum.

Sem manifestações

Projeto de resolução quer alterar o Regimento Interno para proibir que sindicalistas representantes de movimentos sociais e populares usem a tribuna da ALMS. A proposição tem assinatura de 18 parlamentares e ocorre em momento de tensão entre representantes de diversas categorias em torno do reajuste zero anunciado pelo Governo do Estado.

A mudança no Regimento Interno foi proposta pelo deputado Lídio Lopes (Patriota) e propõe que apenas parlamentares façam uso da palavra “representando ou em defesa das entidades, sindicatos, organizações, representantes de classes, movimentos sociais e populares” pelo período improrrogável de 30 minutos.

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