O vereador de (SD) enviou um pedido ao presidente da Câmara dos Deputados, deputado (DEM-RJ) para que o deputado sul-mato-grossense Loester Trutis (PSL) fosse enquadrado por falta de decoro parlamentar por conta de uma postagem no Twitter.

O documento foi elaborado após o ter feito uma publicação sugerindo que os parlamentares enfiasse a “moção no ..” (sic). “Eu fico puto com vereador/deputado que dá uma moção de congratulações para um aluno/atleta. Pq ao invés de um pedaço de papel, não pega um pedaço do próprio ótimo salário e dá um patrocínio. Isso seria reconhecimento. Eu faço isso. Ahhh… Enfia a moção no ..” (sic).

No documento, Cury afirmou que Loester Trutis usou o Twitter se “expressando de forma atentatória a dignidade de vereadores e deputados”. O twiit do deputado também foi incluído na denúncia.

Durante a sessão na Câmara de Campo Grande, Cury e o vereador delegado Wellington (PSDB) fizeram uma moção de repúdio ao deputado pelo poste feito. Enquanto a sessão ainda não havia terminado, o parlamentar entrou em contato com um funcionário do psdbista para “alertar” que se a moção fosse mesmo adiante, ele iria “para cima dele com força” e que o vereador teria “telhado de vidro”.

Funcionário fantasma

Em contato com a reportagem do Jornal Midiamax, Loester afirmou que no áudio ele “quis dizer” que Wellington seria um “político fraco” que “não tem projeto para mostrar”. Porém, sobre Cury ele foi mais enfático.

“Agora o Cury não, o Cury já foi até processado, é pior ainda, só colocar os processos lá que ele é inocentado ou não, mas foi acusado de ser até funcionário fantasma já, eu nunca fui acusado desse tipo de coisa”, declarou Trutis.

O deputado afirmou que a publicação em sua rede social não se referia especificamente sobre os parlamentares de Campo Grande, mas sim do país como um todo. Segundo ele, foi uma forma de mostrar sua “indignação de cidadão campo-grandense, pagador de imposto”.

“Eu queria que o meu dinheiro, que paga o salário desse cara, que paga até o meu próprio salário hoje né, mas eu queria que fosse melhor usado. Então eu acho que os vereadores tinham que se conscientizar e fazer alguma coisa de útil, porque para votar aumento próprio eles votaram, para votar aumento de prefeito eles votaram, mas na hora de fiscalizar posto de saúde eles preferem uma moção”, afirmou Trutis.

‘Ele é uma moça'

Após receber o áudio em que o deputado afirmar que se o nome dele for citado durante a sessão da Câmara da Capital, ele vai “para cima dele com força”, o vereador delegado Wellington declarou que iria registrar um boletim de ocorrência por ameaça. Ao saber do fato, Loester afirmou que não viu tom ameaçador na conversa e que o vereador seria uma “moça” por achar isso.

“Eu usei um tom que um homem fala com o outro. Falei: ‘ó, você é um vereador medíocre, você tem telhado de vidro. Se você vier bater em mim na minha rede social você não aguenta comigo. Se você vier bater em mim eu vou bater de volta'”, declarou o deputado a reportagem.