Após alerta, vereadores pedem ações da Prefeitura contra dengue e conscientização da população
Após a Prefeitura de Campo Grande anunciar nessa segunda-feira (25) que vai decretar situação de emergência após registrar 6 mil notificações de dengue somente nos dois primeiros meses deste ano, duas mortes possivelmente causadas pela doença e índice de notificações de 294 casos a cada cem mil habitantes, os vereadores pediram na sessão desta terça-feira […]
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Após a Prefeitura de Campo Grande anunciar nessa segunda-feira (25) que vai decretar situação de emergência após registrar 6 mil notificações de dengue somente nos dois primeiros meses deste ano, duas mortes possivelmente causadas pela doença e índice de notificações de 294 casos a cada cem mil habitantes, os vereadores pediram na sessão desta terça-feira (26) maior conscientização da população e mais ações da administração municipal.
Vereador do PSDB e presidente da Comissão de Saúde, Doutor Lívio afirmou que um plano de ação será apresentado após o Carnaval para tentar minimizar os índices. Questionado sobre a urgência das ações diante da situação de emergência, o parlamentar afirmou que já havia alertado a Prefeitura no ano passado sobre o assunto.
“Deveria ter sido feito no ano passado para combater a epidemia deste ano. No ano passado eu fiz este alerta”, lembrou sobre o alerta que fez em um debate no final de novembro na Câmara (confira aqui).
Primeiro secretário da Casa, o vereador Carlão (PSB) afirmou reconhecer que a Prefeitura tem que fazer mais. “Mas a população precisa contribuir. Vivemos momentos difíceis com postos de saúde lotados e hospitais sem vagas. A população precisa deixar seu terreno limpo, evitar o acúmulo de lixo”, citou.
O vereador Delegado Wellington (PSDB) lembra que as vezes a pessoa deixa o terreno limpo, mas não tem como controlar o do vizinho. “As pessoas precisam ter responsabilidade. Tem lei estadual que responsabiliza quem não deixa terreno limpo, tem que fiscalizar”.
Betinho (PRB) pediu que a prefeitura volte com o mutirão da limpeza nos bairros. “Tinha um cronograma que definia quando a pessoa podia deixar sofás, móveis na rua que se acumulam nos terrenos e a Prefeitura passava na frente com um caminhão levando”, lembrou ao cobrar mais ações da administração sobre o assunto.
Situação de emergência
Para que seja considerada situação de emergência são necessárias 300 notificações a cada cem mil habitantes, número que deve ser alcançado na Capital nos próximos dias. A última epidemia registrada em Campo Grande foi em 2016, quando somente em janeiro e fevereiro houve 19.300 casos da doença. Naquele ano, foram contabilizados 32.964 casos.
Conforme a administração municipal, o vírus que está em circulação é do tipo 2 e já provocou vários casos de dengue hemorrágica nos anos de 2009 e 2010. Por apresentar evolução rápida, com quadro de piora de três a cinco dias, exige que as pessoas procurem atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. Os maiores riscos são para idosos e crianças menores de 10 anos.
(Com Richelieu Pereira)
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