Um dos retrocessos no país é o saudosismo da ditadura, diz Marina no Recife

Em seu quinto dia oficial de campanha, Marina Silva (Rede) afirmou, no Recife, ser um retrocesso quem defende o saudosismo “do autoritarismo, da ditadura”. Após conhecer a incubadora Porto Social, nesta terça-feira (21), e alguns projetos sociais beneficiados, a candidata respondeu a questionamentos sobre o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a quem confrontou em debate na […]

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Em seu quinto dia oficial de campanha, Marina Silva (Rede) afirmou, no Recife, ser um retrocesso quem defende o saudosismo “do autoritarismo, da ditadura”.

Após conhecer a incubadora Porto Social, nesta terça-feira (21), e alguns projetos sociais beneficiados, a candidata respondeu a questionamentos sobre o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), a quem confrontou em debate na TV na última sexta (17).

“Existem muitos retrocessos no Brasil, um deles é o retrocesso político, daqueles que tem saudosismo do autoritarismo, da ditadura. Não queremos que o Brasil volte para o período da falta de democracia.”

Marina voltou nesta terça à capital pernambucana, cidade onde teve mais votos nas últimas eleições para presidente em 2014, ao assumir a candidatura com o falecimento do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos.

Em um cenário sem o ex-presidente Lula (PT), Marina disputaria diretamente com Bolsonaro e é incisiva ao falar das propostas “enganosas” do seu rival. “Não tem como ser em passe de mágica. O problema da violência não tem como ser resolvido com cada pessoa tendo uma arma para se defender”, afirmou.

A presença de Lula como candidato também foi criticada por Marina por atrapalhar a opinião da população estando há poucos dias da eleição. “Ainda temos uma situação que fragiliza muito o processo de decisão dos eleitores”, disse sobre a situação da candidatura do ex-presidente junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

É a segunda cidade do Nordeste que ela visita e escolheu ir a uma incubadora de projetos sociais, que conheceu na época de Campos. Dessa vez, sem o apoio do seu antigo partido, o PSB, ela tem o desafio de conquistar os 48% dos eleitores pernambucanos novamente. Além do Acre, onde nasceu, Pernambuco foi o único Estado em que ela ganhou a disputa com Dilma e Aécio.

“Sou muito bem recebida em Pernambuco e no Nordeste, mesmo os que não votam em mim me tratam com muito respeito, com muito carinho”, afirmou, sem entrar em detalhes sobre o apoio do eleitorado e da equipe do PSB, partido do atual governador, Paulo Câmara, candidato à reeleição.

Marina estava acompanhada do postulante da Rede ao governo pernambucano, Júlio Lóssio -em um ato falho, quase esqueceu e trocou o nome dele.

Marina aproveitou o local da visita para dizer que quer ajuda dos programas sociais e das soluções encontradas pelo povo para governar. “A roda já foi inventada”.

A candidata da Rede reforçou sua posição para que o Brasil aja em respeito a Constituição no caso de Lula, acreditando que a declaração da ONU, de que o ex-presidente tem o direito de participar das eleições, é apenas uma recomendação.

“Nosso país vive um processo difícil, traumático, boa parte do mundo não sabe exatamente o que está acontecendo aqui, com os graves problemas de corrupção que a Lava Jato revelou.”

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