Prefeito acusado de nepotismo por nomear esposa é afastado pela justiça
Vera e Itamar foram denunciados pelo MP por (Foto: Reprodução/Arquivo Pessoal)

O prefeito de Laguna Carapã, distante 279 km da Capital, Itamar Bilibio (MDB) foi afastado do comando do município nesta quarta-feira (11) por decisão da justiça.  Ele responde a ação por improbidade administrativa, proposta pelo MP-MS (Ministério Público Estadual), sob acusação da prática de nepotismo.

De acordo com ação proposta pelo titular da 16ª Promotoria de Justiça Comarca de Dourados, Eteocles Brito Mendonça Dias Junior, o emedebista nomeou a esposa, Vera Lúcia Lorenzoni Bilibio, como secretária de assistência social, na Prefeitura de Laguna Carapã, desde janeiro de 2013, sem que ela tivesse a qualificação necessária para o cargo

O juiz José Domingos Filho da 6ª Vara Civil de Dourados aceitou a denúncia e afastou Itamar Bilibio do comando da prefeitura da cidade. Além disso, o Ministério Público pediu que a justiça decrete indisponibilidade de bens de ambos em até R$ 974 mil, sendo R$ 374 mil referente ao dano decorrente da conduta ilícita, e outros R$ 600 mil referente a multa correspondente a 100 vezes o salário de Vera Lúcia.

Com isso, quem vai administrar a cidade de Laguna Carapã a partir de agora é o vice-prefeito Doreli Portella (PTB), que foi notificado da decisão nesta quarta-feira de manhã e diz ter sido pego de surpresa com o desenrolar dos fatos.

“Recebi agora a pouco a notificação, estou vendo com os advogados como vai ser. Pegou a gente meio de soco [risos]. A tarde vamos nos reunir para ver como é o que tem que fazer”, relatou Portella ao Jornal Midiamax. “Na notificação diz que já estou empossado, não precisa nem de cerimônia”.

O vice-prefeito informou que, no momento em que foi notificado, ligou para Itamar Bilibio e o informou sobre o ocorrido, já que este estava em viagem para Campo Grande. O prefeito afastado conversou com o oficial de justiça por telefone e combinaram de se encontrar nesta quinta (12) à tarde para assinar a notificação.

Bilibio deve recorrer da decisão.