Na posse, novo diretor da Polícia Federal diz que Lama Asfáltica continua em MS
Fernando Segóvia garantiu continuidade de operações
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Fernando Segóvia garantiu continuidade de operações
O delegado Fernando Segóvia tomou posse oficialmente nesta segunda-feira (20) como novo diretor-geral da Polícia Federal (PF), em Brasília. Na solenidade, com a presença do presidente Michel Temer (PMDB), Segóvia afirmou que fará “um combate incansável contra a corrupção no Brasil” e citou a Operação Lama Asfáltica, investigação sobre esquemas de corrupção em Mato Grosso do Sul.
“Buscaremos o combate incansável à corrupção no Brasil, que continuará a ser agenda prioritária na Polícia Federal, tendo como premissa a continuidade de operações especiais, tais como Lava Jato, Cui Bono, Cadeia Velha, Lama Asfáltica e tantas outras em andamento nos inquéritos que tramitam no Supremo Tribunal Federal e nas varas da Justiça Federal Brasil afora”, declarou Segóvia ao assumir oficialmente o comando da corporação.
Além disso, disse que atualmente há “uma triste disputa” entre a Polícia Federal e o Ministério Público Federal e que vai trabalhar para acabar com esse embate, e que as duas instituições devem caminhar em harmonia.
O presidente Michel Temer, que indicou Segóvia para o comando da PF, participou da cerômonia. Também prestigiaram a solenidade o ministro da Justiça, Torquato Jardim, o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), e o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Dias Toffoli.
Segóvia assume no lugar de Leandro Daiello, que ocupava o cargo desde 2011. Fernando Segóvia tem 22 anos de carreira na PF e pertenceu a um grupamento de elite, o Comando de Operações Táticas (COT). Foi superintendente da PF no Maranhão, adido policial na África do Sul e coordenador, pela PF, da Campanha do Desarmamento.
Lama Asfáltica
A Operação Lama Asfáltica chegou a sua 5ª fase, denominada Papiros de Lama, neste mês de novembro, fruto da delação premiada feita pelo pecuarista Ivanildo da Cunha Miranda, ex-operador do suposto esquema de propinas do ex-governador André Puccinelli (PMDB) entre os anos de 2006 a 2013.
Ivanildo procurou a PF em agosto passado e aliado aos seus depoimentos, perícias, documentos e provas coletadas nas outras quatro fases da Lama Asfáltica, os agentes conseguiram comprovar desvios de R$ 85 milhões, somente na Papiros de Lama. Em toda a Operação, desde 2015, o dinheiro desviado de recursos públicos ultrapassa R$ 235 milhões.
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