Após protestos, deputados encerram sessão e adiam votação da reforma
Sindicalistas revelam que não há acordo com governo
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Sindicalistas revelam que não há acordo com governo
Com plenário lotado de manifestantes, um grupo de representantes dos servidores voltou a se reunir com os deputados estaduais, e deixou o encontro com informação de que não houve avanço nas negociações, e que o projeto de reforma da previdência poderia ser votado fora da Casa, para atender pedido de governo. Todavia, o deputado Cabo Almi (PT) anunciou, por volta das 12h20 desta quinta-feira (23), que a matéria só será analisada na próxima terça-feira (28).
Segundo Almi, a decisão de prorrogar a análise do projeto foi tomada para garantir a segurança dos servidores que tomaram as dependências da Assembleia, em protestos contra a proposta do governo.
Os servidores voltaram a solicitar aos deputados e ao governo que não haja unificação dos fundos previdenciários, e que o aumento da alíquota seja aplicado apenas a quem ganha acima do teto da previdência (R$ 5,5 mil), para não prejudicar servidores com menores salários, já que em alguns casos o funcionário terá perda salarial em 2018 diante do reajuste de apenas 2,9% em 2017.
O presidente do Conprev (Conselho Estadual de Previdência), Francisco de Assis, explicou que os dois fundos previdenciários, um criado em 2012 para atender os servidores que ingressaram no Estado a partir daquele ano, e outro que custeia a aposentadoria e benefícios dos demais inativos, se unificados, como quer o governo de Reinaldo Azambuja (PSDB), e tornarão deficitários em cinco meses.
Assis revelou que há exatos R$ 377 milhões no Fundo mais atual, e que no mais antigo o Executivo precisa aportar mensalmente R$ 78 milhões. A previsão é que se mantido a diferenciação dos fundos, em três anos um poderá cobrir o déficit do outro, aliviando o caixa do governo.
Encerramento
Após o anúncio de Almi, não oficial, e a 2ª vice-presidente da Casa, deputada Grazielle Machado (PR), encerrou, oficialmente, a sessão às 12h29. Todavia, os sindicalistas afirmaram que permanecerão mais um tempo na Assembleia, para garantir que o projeto não seja, de fato, votado hoje.
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