TRE-MS encerra ação contra Grazielle Machado por postagem no Facebook

Parlamentar diz ter sido insultada enquanto fazia campanha para a mãe

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Parlamentar diz ter sido insultada enquanto fazia campanha para a mãe

O TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral) de Mato Grosso do Sul aceitou o recurso proposto pela deputada estadual Grazielle Machado (PR) contra uma representação que a questionava por uma mensagem postada no Facebook.

No recado, a parlamentar diz que tinha sido vítima de agressões verbais enquanto fazia campanha política, em Fátima do Sul, cidade que a mãe, Ilda Machado, do PR, disputou a prefeitura, venceu, mas depois teve o diploma de eleita cassado por suspeitas de compra de votos.

O episódio em questão ocorreu um mês antes da eleição. Grazielle foi para Fátima do Sul e lá, segundo a mensagem, teria sido insultada e ameaçada por correligionários do atual prefeito da cidade, Júnior Vasconcelos, do PSDB, concorrente de Ilda.

“Triste pela agressão verbal, xingamentos, polícia, BO. A rua é pública, posso ir e vir por onde quiser, estava tomando água. Eles acham que eu provoquei por sentar e tomar uma água e, comprar meu chapéu”, diz trecho da postagem da deputada.

No caso, ela sentou-se num local frequentado pelos adversários da mãe de Graziella, Ilda Machado.

Depois da mensagem correr pelas redes sociais, com fotografias e policiais ao arredor da deputada, a coligação do atual prefeito quis processar Graziella Machado.

No entanto, o TRE não viu importância na representação contra a deputada, note: “efetivamente, exigir isenção e imparcialidade nos relatos que ambos os contendores fizeram das refregas e escaramuças noticiadas na eleição estaria em desacordo com a natureza humana, reconhecidamente sujeita a arroubos e paixões, e seus vieses cognitivos”, diz trecho da sentença, que logo arrematou:

“Inexistindo, pois, qualquer ilicitude na postagem, dá-se provimento ao recurso para reformar a sentença e julgar improcedente a representação”.

Ainda segundo interpretação da corte eleitoral, “as críticas dirigidas a candidatos e seus correligionários são esperadas, e é do jogo democrático rebatê-las. Os eleitores têm o direito de saber o que se passa nas campanhas, decidindo quem está com a razão, e qual é merecedor do voto”.

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