Prestação de contas mostra gastos até 7 vezes mais que patrimônio de candidatos

Eles gastam mais do que têm em bens

Ouvir Notícia Pausar Notícia
Compartilhar

Eles gastam mais do que têm em bens

Na reta final de campanha praticamente todos os candidatos à Prefeitura de Campo Grande gastaram mais do que receberam em doações ou do que conquistaram durante toda a vida. Para alguns o investimento é tão alto que supera o valor dos bens declarados. No caso da vice-governadora Rose Modesto (PSDB), por exemplo, o gasto já bate a marca de R$ 2,7 milhões, quase sete vezes mais do patrimônio de R$ 413 mil declarado pelo tucana à Justiça Eleitoral.

Dos R$ 2,7 milhões, R$ 1,1 milhão está pago e os recursos totais recebidos pela candidata somam R$ 1,6 milhão. Em seguida vem o deputado estadual Marquinhos Trad (PSD) que já gastou R$ 851,8 mil, sendo que destes R$ 541,8 mil estão quitados. Ele recebeu R$ 720 mil em doações de todas as formas e declarou ter bens avaliados em R$ 1,3 milhão.

O prefeito Alcides Bernal (PP) possui patrimônio de R$ 1,7 milhão. Conseguiu doações que somam R$ 108 mil e gastou quase três vezes mais: 319,9 mil. Deste total estão pagos R$ 18,9 mil. O deputado estadual Coronel Carlos David (PSC) declarou ter R$ 825 mil em posses, arrecadou R$ 82,5 mil para a campanha e gastou R$ 77,3 mil, valor que já está quitado.

O ex-secretário estadual de Cultura Athayde Nery (PPS), detentor de patrimônio avaliado em R$ 610 mil, conseguiu doação de R$ 72,2 mil, mas, por outro lado, tem despesa de R$ 159,8 mil. Estão pagos R$ 59,4 mil. A declaração de bens do ex-vereador Marcelo Bluma (PV) soma R$ 1,3 milhão. O candidato angariou R$ 111 mil e até o momento gastou R$ 34 mil, que estão quitados.

O vereador Marcos Alex (PT) tem posse avaliada em R$ 198 mil. Ele arrecadou até agora R$ 51,1 mil e investiu mais que o triplo: R$ 182,2 mil. Somente R$ 7,3 mil estão pagos. O empresário Adalton Garcia (PRTB) declarou R$ 422 mil em posses, doou mil reais a ele mesmo e gastou R$ 920. Pedrossian Filho (PMB) não tem bens, conseguiu R$ 12,1 mil em doações e investiu R$ 6,1 mil que estão quitados.

Flávio Arce (PCO) tem patrimônio de R$ 10 mil, Rosana Santos (PSOL) 46,7 mil, Suél Ferranti (PSTU) R$ 151,7 mil, Aroldo Figueiró (PTN) R$ 250 mil, Elizeu Amarilha (PSDC) R$ 325 mil Lauro Davi (PROS) R$ 414 mil. Todos eles não receberam doações ou tiveram gastos, conforme dados do TRE-MS (Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso do Sul).

Conteúdos relacionados

tiago vargas