Olarte vai ao TJ responder por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
Prefeito é réu em acusação do Ministério Público
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Prefeito é réu em acusação do Ministério Público
O vice-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PP), aparece publicamente nesta sexta-feira (5), quando presta depoimento em processo onde é acusado pelo Ministério Público Estadual por lavagem de dinheiro e corrupção passiva.
O Tribunal de Justiça já realizou duas audiências sobre o caso, mas Olarte não participou de nenhuma. Na última a esposa dele, Andrea Olarte, chegou a ser arrolada como testemunha, mas a defesa dele acabou desistindo.
Hoje, Olarte, Ronan Feitosa e Luiz Márcio Feliciano são obrigados a depor. Após depoimento os advogados se pronunciam e depois o desembargador Luiz Cláudio Bonassini faz o seu voto, que será encaminhado para uma comissão de desembargadores na área criminal.
No processo Olarte e seus assessores são suspeitos de terem emprestado cheques para custear a cassação de Alcides Bernal. Segundo testemunhas, os cheques eram dados em troca de promessa de favorecimento, chega com empregou ou em contratações de serviços, caso Olarte chegasse ao cargo de prefeito.
A audiência desta sexta tem como ingrediente uma decisão do TJMS, que julgou parcialmente procedente o incidente de falsidade em cinco, das dezoito folhas de cheques anexadas à ação penal.
A assessoria do Tribunal de Justiça, no entanto, esclareceu que o fato não impacta na prova, tendo em vista que os réus estão denunciados por solicitar, diretamente, e em razão da função pública, vantagens a terceiros.Ainda segundo assessoria, toda prova testemunhal colhida durante a fase investigativa foi confirmada em Juízo, não havendo, ainda, qualquer insurgência em relação as outras provas documentais apresentadas.
O primeiro de julgamento, em novembro, foi marcado por depoimentos fortes e a presença de Alcides Bernal, desafeto de Olarte. Segundo o prefeito, Olarte foi responsável pela indicação de Ronan para um cargo na Sedesc e, inclusive, assinava a folha de frequência dele.
O serralheiro Edmundo de Freitas chegou a chorar durante depoimento. Ele disse que trocou R$ 240 mil em cheques para o vice-prefeito afastado, com promessa de obtenção de vantagem em licitações.
Gilmar Olarte, Ronan Feitosa e Luiz Márcio Feliciano respondem pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro por terem trocado cheque em branco por promessas de cargo e outras vantagens na Prefeitura de Campo Grande. Já o segundo depoimento não apresentou novidades em relação ao primeiro. A audiência começa às 9 horas.
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