Advogado peticionou Supremo para questionar demora

O ex-prefeito e a ex-primeira-dama de , Gilmar e Andreia Olarte, completam 41 dias de prisão neste domingo (25) ainda com pedido de liberdade aguardando julgamento no STF (Supremo Tribunal Federal). O advogado João Carlos Veiga informou ao Jornal Midiamax que entrou com petição para questionar a demora da Corte em respaldar o caso, tendo em vista que a solicitação de habeas corpus foi feita há exatos 20 dias.

Os dois foram presos no dia 15 de agosto devido a Operação únia que apura suposto desvio de recurso público para compra de imóveis particulares. Após duas negativas do STJ (Superior Tribunal de Justiça), a defesa apelou ao STF. Inicialmente a demanda estava com a ministra Cármen Lúcia que neste meio tempo tomou posse da presidência da Corte.

Por isso, os processos que estavam em seu gabinete foram transferidos para o ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo e vice neste novo biênio. Como estratégia para acelerar a tentativa de soltura, Olarte até renunciou aos cargos de prefeito e vice, porém o juiz de 1º grau, Roberto Ferreira Filho, determinou que a defesa remeta pedido de liberdade em ação distinta do processo oriundo da Operação Pecúnia.

As ações que estavam em segunda instância, prerrogativa de quem tem foro privilegiado, foram remetidas ao primeiro grau, com exceção da ação penal em que o pastor é réu por passiva e lavagem de dinheiro. Andreia está no presídio feminino e o marido no presídio militar. De acordo com a defesa, “os dois estão bem na medida do possível”. 

Pecúnia – Conforme o MPE-MS (Ministério Público Estadual), o casal branqueou recursos obtidos por meio de corrupção, passou a influir direta e ostensivamente na manipulação das provas alterando declaração de imposto de renda, adequando lastro patrimonial e, ainda, ocultando propriedade de imóveis com auxílio do corretor de imóveis Ivamil Rodrigues, que também está preso. O empresário Evandro Farinelli está na mesma situação.