Em sessão solene, Assembleia homenageia Força Expedicionária Brasileira

Constituída em 1943 

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Constituída em 1943 

A Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul promoveu na noite desta quinta-feira (1) uma sessão solene de entrega da Medalha do Mérito Força Expedicionária Brasileira a civis e militares, em alusão aos heróis da pátria que lutaram na Segunda Guerra Mundial e aos colaboradores da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

O evento foi proposto pelo deputado Lidio Lopes (PEN) em conjunto com o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Junior Mochi (PMDB). “A Força Expedicionária Brasileira foi constituída em 1943 para lutar na Itália ao lado dos países aliados contra a Alemanha nazista e temos que valorizar esses ex-combatentes ainda vivos da Associação, pois foram verdadeiros heróis e manter viva a história da participação do país”, explicou Lidio Lopes.

De Mato Grosso do Sul, quatro combatentes, os chamados pracinhas, estão vivos: Moacir Aleixo (95 anos), Isidoro da Silva (91 anos), Manoel Siqueira (93 anos) e Agostinho Gonçalves da Mota (91 anos). Estando os três últimos presentes na solenidade na ALMS.

“Somos patriotas, mas quando você é, de fato, chamado para guerra, tudo muda”, declarou Agostinho Gonçalves da Mota. Ele saiu de Três Lagoas (MS) para fazer parte da Infantaria do Exército de 1942 a 1945. “Foi duro, mas fui lá e voltei, agora estou aqui, bom e vivo, graças a Deus, recebendo essa homenagem. Fico muito honrado”, completou o pracinha que é o atual presidente da Associação Nacional dos Veteranos da FEB.

Sobre a participação de Mato Grosso do Sul, então Mato Grosso uno, o vice-presidente da Associação, coronel Wellington Corlet dos Santos, destacou que foram quase mil soldados enviados à guerra, sendo mais de 600 combatentes só do 9º Batalhão de Aquidauana.

“O preço pago pela sociedade para desfrutar da democracia foi muito caro. A FEB levou 25 mil pracinhas de todas as classes sociais para lutar, mas antes de nacionalistas, somos humanistas. E a vitória nos trouxe as noções de democracia, liberdade e paz. Por isso, devemos dignificar o passado e façamos do nosso tempo, o melhor”, discursou o coronel Corlet. 

Segundo o general comandante do Comando Militar do Oeste, Gerson Menandro Garcia de Freitas, a incredulidade sobre a participação do Brasil na guerra pairava sobre o povo brasileiro. “Era época de um inverno rigoroso nos campos de batalha. O Brasil, predominantemente agrícola, despreparado para enfrentar uma guerra foi lá e fez muito bem. Falavam que era mais fácil uma cobra fumar do que o Brasil ganhar, então o símbolo dos pracinhas é uma cobra fumando”, destacou.

A participação brasileira é muito valorizada pelos italianos, segundo a professora doutora Célia Maria Silva Corrêa Oliveira, que discursou em nome dos homenageados. “Estive em um congresso na Itália há pouco e em todas as falas em que se referiam aos brasileiros, os pracinhas foram lembrados. O Brasil não pode deixar nunca de difundir essa participação na luta contra o nazifacismo, proposta absurda de supremacia de raça”, disse.

Além de Agostinho Gonçalves, Gerson Menandro e Célia Oliveira, também foram homenageados: o general de Brigada José Carlos Braga de Avellar, professora doutora Maria Augusta de Castilho, reitor da UCDB padre Ricardo Carlos, coronel de Infantaria Valdenir de Freitas Guimarães, coronel de Cavalaria João Carlos Caneppele, coronel da Cavalaria Uilson Nascimento, coronel QOBM Esli Ricardo de Lima, coronel Polícia Militar Jorge Edgard Júdice Teixeira, professor doutor José do Nascimento, coronel de Engenharia José Diderot Fonseca Junior, coronel QOAV Daniel Cavalcanti de Mendonça, tenente coronel Marcus Vinícius de Andrade Gama, jornalista Eron Brum, cerimonialista Severina da Silva, ex-deputado Pedro Luis Teruel e deputados Junior Mochi (PMDB), Lídio Lopes (PEN) e Felipe Orro (PSDB). A Medalha do Mérito Força Expedicionária Brasileira foi criada pela Resolução 10/2005.

 

 

 

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