Dagoberto nega que tenha participação na ‘farra das passagens’
Ele diz que foi incluso maldosamente
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Ele diz que foi incluso maldosamente
O deputado federal Dagoberto Nogueira (PDT), nega que tenha participação na “Farra das passagens”. Ele afirma que foi incluído nesta questão “maldosamente” por outro político que não quis identificar. O parlamentar explica que esclareceu os fatos para a Câmara Federal na época e que até então seu nome havia sido tirado do caso, mas em decisão em que a reportagem fez a matéria, seu nome ainda consta nos autos.
Nogueira diz que em várias viagens que ele fazia e que necessitava de conexão [quando desse em outro aeroporto no meio do caminho até chegar ao seu destino, as vezes chegando até a trocar de avião], nesse levantamento repassado para investigação foi colocada em casa parada obrigatória como mais uma passagem.
“Tem lugares que a gente vai que se faz mais de uma conexão, mas é com uma única passagem e eles colocaram como sendo cada conexão uma passagem e por isso a quantia parece muito alta. Fui incluso maldosamente nesse caso e já pedi para ser retirado, mas não quero polemizar com nomes. Até onde eu sabia já tinha sido resolvido, mas vou buscar providências nesta decisão que ainda consta meu nome”, explicou o parlamentar.
Decisão
No início da semana o MPF (Ministério Público Federal) ofereceu denúncia contra 443 ex-deputados por uso indevido de recursos públicos, por meio da utilização das cotas de passagens aéreas oferecidas pela Câmara dos Deputados para o exercício da atividade parlamentar. Nessa sexta-feira (4) o órgão divulgou lista de nomes que têm foro privilegiado e que poderão ter a situação examinada, entre eles estão cinco políticos eleitos por Mato Grosso do Sul.
Conforme documento assinado pelo procurador regional da República Elton Ghersel, os deputados federais Geraldo Resende (PSDB), Vander Loubet (PT) e Dagoberto Nogueira (PDT), bem como o senador Waldemir Moka (PMDB) e o conselheiro presidente do TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado) Valdir Neves, estão na lista.
“Ofereço, em separado, as denúncias 486 e 487/2016, em face dos investigados que detém foro privilegiado por prerrogativa de função perante esse Tribunal Regional Federal da 1ª Região, pela prática do crime do art. 312 do Código Penal”, diz os autos. O STJ (Superior Tribunal de Justiça) e o STF (Superior Tribunal Federal) receberão os processos para analisarem os fatos.
Entre os nomes estão figuras conhecidas nacionalmente como o deputado federal por São Paulo, Paulo Maluf (PP), o governador do Distrito Federal Rodrigo Rollemberg (PSB) e o deputado federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro (PSC).
Conforme o MPF, todos são acusados de desviar o benefício em favor de terceiros. As investigações apuraram os gastos com viagens no período de janeiro de 2007 a fevereiro de 2009. No documento os nomes de Dagoberto e Geraldo constam como deputados de Mato Grosso.
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