Corregedor confima processo para investigar deputados flagrados em gravação do ‘ponto’

Áudio aponta possível fraude no registro de frequência de servidores

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Áudio aponta possível fraude no registro de frequência de servidores

O corregedor da Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul, deputado estadual Maurício Picarelli (PSDB), confirmou nesta quinta-feira (3) que abriu processo de apuração solicitado pela Mesa Diretora sobre envolvimento dos deputatos Felipe Orro (PSDB) e Paulo Correa em possível fraude no registro de ponto de servidores.

De acordo com Picarelli, os deputados envolvidos na investigação já foram comunicados da apuração dos fatos e terão direito de defesa. “Protocolei nos gabinetes que eles têm cinco dias para apresentar suas versões e também protocolei pedido no Recursos Humanos da Assembleia Legislativa para que me forneçam a listagem de todos os funcionários lotados nesses gabinetes, com suas respectivas folhas de ponto”, disse.

Conforme documento lido pelo presidente da Casa, Junior Mochi, o processo apura “fatos noticiados como suposta orientação equivocada quanto à folha de ponto dos servidores do Poder Legislativo”.

Picarelli ainda explicou que a investigação ocorrerá conforme preconiza o Código de Ética e Decoro Parlamentar da Assembléia Legislativa, e que, se houver indícios cabíveis, será opinado pela abertura de processo por um Conselho de Ética, a ser formado para investigar o caso. “A Corregedoria Legislativa está trabalhando, vamos ouvir todos os lados, inclusive o autor das gravações telefônicas e quero deixar claro que prezamos pela transparência”, finalizou o deputado.

Comissão de Ética

Os advogados Fábio Lechuga, Ilmar Renato Fonseca e João Victor Cyrino protocolaram, nesta quinta-feira (3), pedido de instauração de comissão de ética e abertura de processo disciplinar contra os deputados Paulo Corrêa (PR) e Felipe Orro (PSDB).

O pedido é referente a um áudio divulgado que flagra o deputado Corrêa ensinando Orro a supostamente fraudar folhas de ponto de servidores que não trabalhariam nos gabinetes.

“Queremos entregar os pedidos nas mãos do presidente. A fala do deputado demonstra claramente a falta de ética do deputado Paulo Corrêa. Sobre o Orro, é preciso saber se ele se omitiu. O deputado poderia na ocasião mesmo ter revelado o áudio e se mostrado contrário”, adianta Fábio.

João diz que os advogados pedem um posicionamento da Casa. “Qualquer cidadão tem liberdade de fazer isso. Queremos posicionamento para a sociedade”. Fábio disse que além dos requerimentos, os advogados pedem que a CPI dos Fantasmas seja autorizada e englobe todos os deputados sem exceção.

 

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