Coffe Break: após denúncia, Olarte se diz inocente e diz estudar estratégia jurídica

Ele foi acusado de corrupção ativa

O vice-prefeito afastado de Campo Grande, Gilmar Olarte (PROS) nega todas as acusações feitas pela denúncia do MPE (Ministério Público Estadual), feita ontem, decorrente da Operação Coffe Break, que investigou suposta articulação e armação para a cassação do prefeito Alcides Bernal (PP). Ele afirma que está muito tranquilo com toda esta situação e que ainda vai definir com seu advogado o que vão fazer a partir de agora.

Gilmar Olarte destacou que acredita que o ‘bom senso’ vai prevalecer nessa questão à Justiça. “Nós estamos muito tranquilos com relação a tudo isso. Confio no Ministério Público, respeito o Tribunal de Justiça e creio piamente que a coerência e o bom senso vai prevalecer no encaminhamento dessa questão junto ao Tribunal de Justiça”.

Durante sua fala, o vice-prefeito afastado ressaltou que achou muito equilibrada a fala do governador Reinaldo Azambuja (PSDB), nesta manhã. “Vi uma entrevista do governador que achei muito equilibrada, onde ele mostra que tem certas coisas que são conversas políticas e tem sido interpretadas de forma diferente. Não houve nenhum tipo de encaminhamento ilegal, não houve nenhum tipo de troca de favores e nem tão pouco de compra de votos”, finalizou Olarte.

A fala de Azambuja citada por Olarte foi a que ele disse nesta manhã, em agenda pública. Segundo Azambuja, as tratativas políticas que aconteceram em meio à cassação de Alcides Bernal (PP) são semelhantes ao que acontecem com o afastamento de Dilma Rousseff (PT) e ascensão de Michel Temer (PMDB).

“Alguns vereadores apareceram porque discutiram espaço político, isso como orquestração de golpe, como aparece no relatório, é algo perigoso, o próprio Temer fez grande composição política por ministérios. Trazer partidos não significa que vai trazer pessoas para fazer algo errado. Temer o fez para trazer quadros técnicos”, disse Reinaldo, explicando que as conversas políticas não necessárias para garantir a governabilidade de qualquer governo no país.

Além de Olarte, foram denunciados 13 vereadores, empresários e grandes nomes da poplítica sul-mato-grossense, como o ex-governador André Puccinelli (PMDB) e o ex-prefeito de Campo Grande Nelson Trad Filho (PTB). Ao todo foram 24 pessoas.