Após citação de mensalão, vereador usa afastamento de Dilma em defesa
Chocolate também justificou compra de carros
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Chocolate também justificou compra de carros
O vereador Waldecy Batista Nunes (PTB), popularmente conhecido como Chocolate, apresentou defesa à ação da Coffee Break. Como base de sustentação o advogado comparou a cassação do prefeito de Campo Grande Alcides Bernal (PP) ao afastamento da presidente da República Dilma Rousseff (PT). Não é a primeira vez que o cenário nacional é citado. Jamal Salém (PR) usou exemplo do processo do mensalão para pedir dilação do prazo de manifestação por escrito.
Nos autos a defesa afirma que a petista fez e faz acordos políticos na tentativa de não ser afastada definitivamente, assim as supostas tratativas feitas pelo vice-prefeito Gilmar Olarte (Pros) não são ilegais. “Ora, indicações políticas para cargos específicos na administração é possível e não fere a legalidade, sendo certo ainda que, por si só, não se prestam sequer para justificar a abertura da presente ação penal”.
“Nota-se, que na situação paradigmática, muito diferente do ocorrido em Campo Grande, a presidente Dilma efetivamente compra apoios na tentativa evitar seu afastamento e sua cassação”.
Além disso, a defesa alega que o MPE-MS (Ministério Público Estadual de Mato Grosso do Sul) não usou o mesmo critério de avaliação quando desconsiderou a busca de Bernal por apoio para evitar a cassação quando ainda era alvo da Comissão Processante.
Para os representantes do vereador “o mesmo peso e medida não fora utilizado para o caso do prefeito cassado Alcides Bernal, que, buscando apoio durante o processo de cassação, em diversos momentos realizou convites à vereadores para terem espaço administrativo junto ao poder público municipal”.
Ainda nos autos, Chocolate diz que tinha mais vantagens quando era aliado do prefeito do que no tempo em que compôs base aliada de Olarte. Tendo em vista que a esposa, Claudia Nubia Ferreira, era comissionada na administração do radialista e não na gestão posterior.
Quando o vereador saiu da base de Bernal, Claudia foi exonerada “como forma de represália” em outubro de 2013. “Ocorre que, com o claro intuito de posteriormente angariar o voto do Vereador contra a cassação, Alcides Bernal revogou a citada exoneração”.
Ato contínuo, novamente em meados do mês de maio de 2014, a convivente do vereador foi novamente exonerada do cargo. “E, por mais que a Sra. Claudia Nubia Ferreira tenha sido exonerada, fica claro que existia mais benefícios ao casal quando estavam apoiando Alcides Bernal”. Isso porque não fez indicações ou recebeu cargos quando o vice-prefeito tomou posse.
Finanças – O vereador nega que tenha recebido R$ 500 mil do empresário e também denunciado João Amorim, dono da Proteco Construções. Justifica que o carro Hyundai HB20 é de sua esposa que comprou com dinheiro de seu trabalho. Já o Hyundai Elantra, avaliado em R$ 89,7 mil, foi comprado com entrada de R$ 20 mil oriundos da venda do veículo antigo que possuía e o restante foi parcelado em 36 vezes.
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