Vereadores rechaçam pressão e cobram trabalho de Edil e Olarte

Base diz que não aceitará pressão para defender prefeito

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Base diz que não aceitará pressão para defender prefeito

Vereadores que fazem parte da base e os que agora atuam mais como independentes na gestão do prefeito Gilmar Olarte (PP) não estão nada satisfeitos com a declaração do líder dele na Câmara, Edil Albuquerque (PMDB), que promete uma ação mais firme para fortalecer a base a partir de agora. Os vereadores afirmam que não vão aceitar pressão e pedem para Olarte e Edil trabalharem antes de fazer cobrança.

O vereador Carlão (PSB) rejeitou a pressão e pediu autonomia de Edil antes de qualquer reivindicação. Ele questiona o fato do prefeito não consultar nem o líder dele antes de enviar um projeto para a Câmara e cobra posicionamento.

“O Edil tem que se colocar realmente como líder para tomar decisão, ou tira o time de campo e sai. Líder só nas palavras não adianta. A população quer resultado. Eu não vou defender um cara se eu não sei o que está acontecendo”, reclamou.

Carlão contou que recentemente o secretário de Obras, Valtemir de Brito, deixou Edil e o presidente da Câmara, Mario Cesar (PMDB), esperando por mais de duas horas em uma reunião e nem apareceu, o que evidencia o descaso com a liderança. “Nem o próprio secretário respeita ele. Como vai pedir para Câmara?”, questionou.

O vereador Chiquinho Telles (PSD) disse que o prefeito tem que mostrar a que veio antes de puxar a orelha de algum vereador. Ele também questionou a atuação de Edil, dizendo que nem ele está defendendo o prefeito na tribuna.

“Não tem como defender o indefensável. Tem que defender a população e não o prefeito A, B ou C. Primeiro tem que fazer o dever de casa, para depois cobrar na casa dos outros. Os vereadores não vão dizer amém a tudo nunca”, declarou.

O vereador Airton Saraiva (DEM), um dos defensores de Olarte na Câmara, também concordou com vereadores. Ele entende, por exemplo, que o prefeito também precisa dar autonomia para o secretário de Governo, Rodrigo Pimentel, para que as coisas funcionem. “Precisamos que o Executivo recomponha a base. Não adianta só cobrar se não é recíproco. O governo tem que dar sua cara, fazendo um planejamento do que está acontecendo”, analisou.

O vereador Otávio Trad (PTdoB) também rechaçou qualquer tentativa de imposição. Ele disse que não adianta fazer cobrança se o prefeito não tem sequer relação com os partidos. O vereador acredita que esta aproximação ou não acontecerá de maneira natural e não com pressão. “Ele tem que provar com atitudes e não tentando se impor”, justificou.

 

 

 

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