Vereadores decidirão sobre CPI só após depoimento de secretário na Câmara
Maioria dos parlamentares defende convocação, mas diz não descartar CPI
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Maioria dos parlamentares defende convocação, mas diz não descartar CPI
O secretário municipal de Infraestrutura, Valtemir de Brito, irá à Câmara Municipal de Campo Grande na próxima segunda-feira (9) falar sobre o serviço de tapa-buracos na cidade. A confirmação foi feita na manhã desta quinta-feira (5) pelo líder do prefeito na casa, Edil Albuquerque (PMDB).
A convocação do secretário seria uma primeira etapa, antes de eventual instalação de CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar denúncias de irregularidades no serviço. Na semana anterior, a divulgação de vídeo no qual operários da empreiteira Selco Engenharia tapam buracos inexistentes em rua da Capital obrigou a Prefeitura a, em um primeiro momento, suspender contratos com a empresa e prometer maior fiscalização.
Boa parte dos vereadores, ouvidos nesta manhã pela reportagem, considera necessário, antes de instalar a CPI, ouvir explicações do secretário, também chamado de Kako e um dos mais ligados ao prefeito, Gilmar Olarte (PP).
Edil ateve-se a dizer que conversou com o secretário e recebeu dele a confirmação da presença na Câmara. A reunião com os vereadores está prevista para segunda-feira (9), ficando a critério dele, segundo o peemedebista, ir acompanhado de assessores ou de representantes da Selco, por exemplo. No entanto, o requerimento de convocação, proposto pela vereadora Thaís Helena (PT), limita-se à apresentação do secretário, por enquanto. “A partir da audiência vamos tomar outras providências”, afirma.
Os defensores declarados da CPI não conseguiram, até o momento, as dez assinaturas necessárias para abertura da investigação. O discurso, na casa, é de que, primeiro, é necessário convocar envolvidos com o setor para dar explicações e, caso estas não sejam feitas a contento, o passo seguinte é instalar a comissão.
Vereadores garantem que o procedimento foi o mesmo adotado com relação ao antecessor de Olarte, Alcides Bernal (PP). Este acabou cassado, em março passado, após a chamada CPI do Calote, que apontou irregularidades por parte da gestão de recursos públicos municipais e na relação entre a Prefeitura e fornecedores.
“É o mesmo caminho adotado com o Bernal, quando primeiro chamamos as empresas, ouvimos todos antes. Senão não achar que é caça às bruxas. Se não esclarecer, sem dúvida partiremos para uma CPI, mas não agora”, pondera Chiquinho Telles (PSD). Até quem assinou o requerimento de abertura da comissão, como Alex do PT, defende a convocação prévia do secretário: “A Câmara não está se omitindo”.
O mesmo entendimento tem Eduardo Romero (PTdoB). “Conversar com o secretário primeiro é o mesmo trâmite inicial adotado anteriormente (na época de Bernal). Só depois, se não forem tiradas as dúvidas, vamos instalar a CPI, nosso partido não é contra a CPI, mas não agora”.
Paulo Siufi (PMDB) também se mostrou favorável a instauração de uma CPI. “Tem que ter uma justificativa para tapar um buraco onde não precisa. Na minha rua tem dois buracos enormes, na de todo mundo. Tapar os já exisitentes é que é prioridade”, criticou. O vereador afima que solicitou laudo técnico sobre o buraco fantasma e o relatório deve ficar pronto ainda esta semana. “Não está de jeito nenhum descartada [a instauração de uma CPI]”.
Dos 29 vereadores da Capital, 23 foram consultados pela reportagem até o fechamento deste texto. Todos defenderam a convocação de Kako, com exceção de José Chadid (sem partido), que não emitiu opinião.
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