Prefeitura prevê R$ 158 milhões de rombo: ‘presente de bandido’, diz Bernal

Balanço foi divulgado nesta segunda (14)

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Balanço foi divulgado nesta segunda (14)

A Prefeitura de Campo Grande entrará em outubro com deficit de R$ 158,6 milhões nas contas. Em balanço apresentado na manhã desta segunda-feira (14), o prefeito, Alcides Bernal (PP), classificou como “presente de bandido” a situação encontrada na administração municipal, falando que precisará de apoio da polícia e da Justiça para “recuperar dinheiro malversado”.

Os números foram apresentados por Bernal e pelos secretários municipais de Receita, Disney de Souza Fernandes, e de Administração, Ricardo Ballock, no gabinete da Esplanada. O termo de transferência feito pela gestão de Gilmar Olarte (PP) aponta R$ 40,1 milhões negativos no fluxo de caixa da Prefeitura.

“Olhem aí o presente de grego que deixaram”, disse Disney. “Isso é presente de bandido”, emendou Bernal.

Nas contas da equipe do prefeito, o rombo nas contas do município praticamente dobrou em menos de um ano, ao contrário do cenário verificado no exercício financeiro de 2013. Na ocasião, a Prefeitura terminou o ano com superavit de R$ 39,9 milhões, mas, no fim de 2014, o deficit já era de R$ 78 milhões, ou seja, metade dos R$ 158 milhões negativos de agora.

O balanço foi apresentado para justificar algumas medidas adotadas após a volta de Bernal, que reassumiu o cargo em 27 de agosto. Em seguida, exonerou todos os comissionados, suspendeu por 90 dias o pagamento de fornecedores e manteve o pagamento escalonado do salário dos servidores, procedimento já adotado em relação à folha de julho.

A quitação dos salários ao longo do mês é algo que continuará acontecendo, segundo Ballock. Ele diz que a Prefeitura fechou o segundo quadrimestre gastando 53,69% da receita corrente líquida com pessoal – muito próximo do limite máximo estabelecido pela LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal), de 54% – e tem até março próximo para baixar este nível de comprometimento.

Segundo Bernal, a palavra de ordem é cortar despesas e melhorar a receita. Uma das expectativas para sanear as finanças da Prefeitura é o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano).

A prioridade, continua o prefeito, é principalmente pagar os servidores e garantir os serviços essenciais. No entanto, ele garante que não deixará a cidade “virar um queijo suíço”, ao falar sobre aumento na fiscalização de serviços de tapa-buracos e de uma força-tarefa para trabalhar neste setor.

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