Investigados da Lama Asfáltica evitam celular e encontros se tornam rotina

Empreiteiro foi flagrado na casa de Elza nesta sexta-feira 

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Empreiteiro foi flagrado na casa de Elza nesta sexta-feira 

O empreiteiro João Alberto Krampe Amorim dos Santos foi visto no início da tarde desta sexta-feira (7) na casa de Elza Cristina Araújo dos Santos, sua sócia na Proteco Construções Ltda, onde ficou por cerca de 20 minutos.

Gravados em conversas diárias e constantes ao telefone pela Polícia Federal, ambos preferiram se encontrar pessoalmente para conversar. João Amorim utilizou o Audi A3 da Proteco para fazer a visita e foi flagrado pela equipe de reportagem deixando o local.

Ao ver a equipe, Amorim riu e seguiu de carro até a sua casa, a poucas quadras da rua de Elza. No local, foi recebido pelo seu segurança e não quis comentar sobre a Operação Lama Asfáltica, apenas entrando na garagem com o veículo. 

Nas imagens, João e Elza conversam da casa até o portão e parecem estar preocupados. Os sócios não são os primeiros a serem vistos em encontros após a deflagração da Operação. Outros envolvidos são vistos em encontros, evitando agora o uso do celular.

De funcionária a sócia

Elza Cristina Araújo dos Santos era funcionária de João Amorim na Proteco Construções e hoje é sua sócia na empresa. Além da Proteco Construções Ltda., Elza mantém a Kamerof Participações Ltda. e, por meio da empresa, era sócia de João Baird, da Itel Informática.

A sócia também faz parte da Arklyleius Holdings, uma empresa apresentada no Brasil como holandesa, mas sem nenhum registro na Câmara de Comércio daquele país. Por lá, João Amorim se mantém como diretor da empresa Stichting van Shelling, com endereço registrado no Brasil – a casa do empresário. A empresa não mantém nenhum funcionário na Holanda.

O trabalho de investigação da Polícia Federal apurou que Elza, Amorim e Baird mantêm sociedade. Os “xarás” têm um jatinho particular, que emprestam constantemente para viagens de políticos de Mato Grosso do Sul, como um “agrado”. Juntas, Proteco e Itel mantiveram mais de R$ 240 milhões em contratos com o governo do Estado, apenas na segunda gestão de André Puccinelli. 

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