Gaeco quer afastar mais 2 vereadores por entregar ‘celular errado’
Justiça deu prazo de 5 dias para eles se manifestarem
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Justiça deu prazo de 5 dias para eles se manifestarem
Envolvidos na investigação segundo a qual houve uma trama para tirar do cargo o atual prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), os vereadores Carlos Augusto Borges (PSB) e Edson Shimabukuro (PTB), correm o risco de ser afastados do cargo, se a justiça acatar pedido do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). O motivo do pedido é que os dois aprontaram uma com o Grupo: entregaram celulares diferentes dos que usavam para que fosse realizada perícia.
Para o Gaeco, ambos usaram de má-fé, com o intuito de prejudicar a apuração. Shimabukuro, segundo as informações, entregou o aparelho usado pela esposa e Carlão um telefone que não era o seu de uso pessoal.
Os celulares foram periciados, como parte de um trabalho que rendeu mais de 400 mil páginas, junto com os telefones dos outros envolvidos na investigação. Diante disso, os promotores pediram o afastamento dos dois parlamentares, com regras semelhantes às que foram impostas ao ex-presidente da Câmara dos Vereadores, Mário Cesar (PMDB), que não apenas está fora da função, mas também impedido de ir até o prédio do Legislativo.
O desembargador Luiz Claudio Bonassini, responsável pelo caso, deu prazo de cinco dias para os dois se manifestarem. Embora o Gaeco tenha pedido afastamento sem essa defesa, como ocorreu como Mario Cesar, o magistrado entendeu que, agora, que o trabalho de apuração é de conhecimento público, não há necessidade de pular a fase da defesa dos implicados.
Outro pedido
Bonassini também avaliou pedido do vereador Otávio Trad para que seja liberada cópia na íntegra do conteúdo extraído de seu celular. Neste caso, a solicitação foi acatada.
O desembargador determinou a devolução do telefone a liberação do conteúdo, sob o argumento de que o investigado tem o direito de conhecer o teor das provas contra ele.
Coffe Break
Os pedidos são desdobramentos da Operação Coffee Break, deflagrada no dia 25 de agosto, para investigar empresários, vereadores e o então prefeito, Gilmar Olarte (PP), acusados de participar de um esquema que resultou na cassação de Bernal.
Ao todo, 17 aparelhos de celular foram apreendidos. Gilmar Olarte e Mario Cesar foram afastados de suas funções e permanecem até hoje.
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