Congresso muda regra e dificulta candidatura a prefeito de peemedebista insatisfeito

Só o Rede Sustentabilidade pode evitar briga judicial entre Marquinhos e PMDB

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Só o Rede Sustentabilidade pode evitar briga judicial entre Marquinhos e PMDB

O Senado aprovou o projeto que altera a Lei dos Partidos Políticos. A proposta, que já havia sido aprovada na Câmara Federal na semana passada, agora foi aprovada no Senado, dependendo agora só da sanção da presidente Dilma Rousseff (PT).

O projeto dificulta a vida principalmente do deputado estadual Marquinhos Trad (PMDB), que espera uma janela para deixar o PMDB sem perder o mandato. Ele pretende se candidatar a prefeito de Campo Grande, mas por outro partido. Porém, se mudar para um partido já existente, corre o risco de perder o mandato.

A nova lei prejudica Marquinhos e vereadores que aguardam um novo partido para disputar a reeleição porque ela proíbe a fusão de partidos com menos de cinco anos de existência, como é o caso do PSD, de Gilberto Kassab, que pretendia fazer uma fusão com o PTB, para criar o PL.

Além de dificultar a fusão de siglas, o projeto ainda atrapalha a vida de quem pretende criar nova sigla. Isso porque para criar um novo partido é preciso apresentar, aproximadamente, 485 mil assinaturas. Até a aprovação da lei todo mundo podia assinar a solicitação. Agora, não serão aceitas assinaturas de quem já é filiado a algum partido.

Apenas o Rede Sustentabilidade, de Marina Silva, tem chance de escapar do problema no momento. Para isso ela precisa entregar as 485 mil assinaturas à Justiça Eleitoral antes da sanção da presidente Dilma.

O ex-governador André Puccinelli já avisou Marquinhos que o mandato é do partido e que acionará a Justiça para tomá-lo caso ele saia. Puccinelli cita Marquinhos entre os pré-candidatos do PMDB, mas o deputado não aceita continuar, porque afirma ser perseguido por lideranças do PMDB, que não lhe abrem espaço nem na Assembleia Legislativa, onde foi o deputado mais votado. Marquinhos teme que aconteça com ele igual com o irmão, Nelsinho Trad (PMDB), que foi candidato a governador, mas não recebeu, na prática, o apoio de todo o partido.

 

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