Bernal diz que confia na Justiça, mas não se empolga para esta terça-feira

TJ julgará liminar que o tirou da prefeitura pela 2ª vez

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TJ julgará liminar que o tirou da prefeitura pela 2ª vez

Embora diga que confia na Justiça, “mesmo que as decisões sejam tomadas tardiamente”, o ex-prefeito de Campo Grande, Alcides Bernal (PP), admitiu não ter muita esperança no julgamento de amanhã do TJMS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul). Segundo ele, várias conversas e até matérias teriam insinuado que o resultado será favorável ao atual chefe do Executivo, Gilmar Olarte.

A Corte julgará se a liminar que retirou Bernal pela segunda vez da Prefeitura, em maio do ano passado, continua sendo válida ou não. “Já está sendo anunciado, já vi em alguns jornais semanários, que os três desembargadores serão favoráveis ao Olarte e ao Mario Cesar. Mas minha expectativa é que permaneça a sentença do juiz de primeira instância, digna de respeito. Estarei em Brasília, mas o advogado do partido irá ao jugamento”, disse.

O radialista se referiu à decisão do juiz da 2ª Vara de Direitos Difusos, Coletivos e Individuais Homogêneos, David de Oliveira Gomes Filho, que suspendeu decreto da Câmara Municipal que oficializava cassação, em virtude de uma ação popular movida pelos vereadores Ayrton Araújo (PT), Cazuza (PP), Luiza Ribeiro (PPS), Paulo Pedra e Zeca do PT, que à época ainda ocupava cadeira na Casa de Leis.

Mas, poucas horas depois, o desembargador do TJ, Vladimir Abreu da Silva, que estava de plantão, derrubou liminar obtida pelo radialista e Olarte retornou ao Executivo. O ex-prefeito tentou reverter a situação acionando o STJ (Superior Tribunal de Justiça) por duas vezes, mas também foi derrotado. Ele recorreu ao STF e perdeu novamente. Agora o TJ pode reverter a situação.

“A gente não sabe qual vai ser o resultado, ninguém tem bola de cristal, né? Temos que confiar nas instituições, apesar da demora, temos nosso direito”, disse. Bernal classificou a atual administração como um verdadeiro caos causado por Olarte e vereadores e citou como exemplo as greves dos professores e médicos, a crise financeira da cidade e o caso de exploração sexual de menores envolvendo o ex-vereador Alceu Bueno (sem partido).

Além disso, o radialista destacou que os áudios colhidos pela Polícia Federal na Operação Lama Asfáltica provam que a cassação foi orquestrada pelo empresário João Amorim, Olarte e o presidente da Câmara Municipal, Mario Cesar (PMDB). 

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