Após Lama, Marun diz que PMDB tem obrigação de disputar Prefeitura

Deputado diz que saldo do partido é positivo

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Deputado diz que saldo do partido é positivo

 

O deputado federal Carlos Marun, pré-candidato do PMDB a prefeito de Campo Grande, defende a candidatura própria do partido na disputa pela prefeitura da Capital. Ele entende que após a Operação Lama Asfáltica o PMDB passou a ter necessidade ainda maior de candidatura.

“Ser não tinha, agora tem necessidade de defender este legado e contrapor tudo isso. A saída do PMDB da disputa seria vestir uma carapuça que o partido não merece. Nós temos a necessidade de disputar”, avaliou.

O deputado admite que o partido sofreu um grande impacto com a operação, mas alega que muita coisa foi realizada. “Temos muita coisa boa para contrapor esta questão. O saldo é positivo. Tenho certeza que o PMDB tem que disputar, principalmente, em função de tudo isso”, afirmou.

Marun é um dos peemedebistas que teve parte da campanha financiada pelo empreiteiro investigado pela Polícia Federal, João Amorin. Todavia, é favorito para disputar o cargo no PMDB, visto que Simone Tebet (PMDB) e Waldemir Moka (PMDB) não têm interesse e Marquinhos Trad (PMDB) quer sair do partido.

Marun afirma que não está com agenda de pré-candidato a prefeito, mas afirma que pode ser o candidato para defender a sigla. “Se vai perder ou ganhar, não sei. Mas, o PMDB tem que estar neste processo”, concluiu.

O PMDB foi atingido pela Operação Lama Asfáltica porque envolve Amorin, principal financiador das campanhas do partido no Estado, e a gestão de André Puccinelli (PMDB). Segundo a Polícia Federal, o governo de Puccinelli favorecia uma organização criminosa que tomava conta de obras públicas, desviando milhões.

Lama Asfáltica

Puccinelli estava entre os oito citados pela Polícia Federal como integrantes de uma organização criminosa comandada pelo empreiteiro João Amorim. O governador, descrito como “muito cauteloso ao telefone”, estava na lista dos que o delegado Marcos André Araújo Damato considerou que precisariam ser presos temporariamente.

Além de Puccinelli, integravam a lista o ex-deputado federal Edson Giroto (PMDB), Maria Wilma Casanova, adjunta na Secretaria de Obras, Hélio Yudi, fiscal terceirizado, Marcos Puga servidor da Agesul, Beto Mariano, Edmir Fonseca Rodrigues, Márcia Alvares, Newton Stefano e André Luiz Cance.

O Ministério Público Federal chegou a dar parecer favorável a prisão temporária, por cinco dias, dos oito, e para prisão preventiva de Amorim, Elza Araújo (sócia dele) e Rômulo Menossi. Porém, o juiz federal Dalton Igor Kita não autorizou, alegando que não havia indícios de materialidade e autoria da prática de ilicitude.

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